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Os irmãos Auguste e Louis Lumière são os pais do cinema. A sessão que ambos promoveram no Salão Indien do Grand Café, em Paris, no dia 28 de dezembro de 1895, foi a primeira pública, paga e bem-sucedida, assim configurando o que a historiografia consagrou como o nascimento da Sétima Arte. Para marcar a reabertura do Centro Cultural Banco do Brasil no Rio de Janeiro, fechado desde março por conta da pandemia do Covid-19, a mostra Lumière Cineasta, anteriormente apresentada em São Paulo e em Brasília, volta com seu programa que contempla 114 vistas assinadas por eles, produzidas entre 1895 e 1905, em diálogo com 38 produções de diversos diretores, formatos e épocas. No dia 25 de novembro será ministrada a primeira das quatro aulas cuja intenção é analisar os desdobramentos do cinema feito pelos irmãos Lumière.

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A mostra Lumière Cineasta tem curadoria de Calac Nogueira, Lucas Baptista e Maria Chiaretti, e conta com a produção da Raio Verde Filmes. As 114 vistas dos Lumière – filmes, na sua maioria, de um único plano de 50 segundos, a duração do rolo de película de 17 metros – serão divididas em 19 programas temáticos. Um dos grandes atrativos é o diálogo com obras posteriores, como exemplares dirigidos por Jean Renoir, Jacques Tati, Buster Keaton, Dziga Vertov e muitos outros. “A mostra surgiu de uma vontade de ver os filmes dos Lumière não apenas como marcos históricos e os irmãos não só como homens de ciência ou comerciantes, mas também como cineastas de fato. Ou seja, artistas – pessoas que tiveram um pensamento criativo sobre o que fizeram. O caminho que imaginamos para realizar a mostra foi colocar os Lumière em relação ao cinema posterior, buscando entender como eles serviram de influência ou inspiração para outros nomes das décadas seguintes”, comenta Lucas Baptista.

Já quanto aos cursos, a serem ministrados por Lúcia Ramos Monteiro (O mundo e o fundo: Camadas de visão no cinema dos Lumière, dia 25/11); Calac Nogueira (Lumière, Thomas Edison e atração, 02/12); Luiz Carlos Oliveira Júnior (Retratos em movimento, 09/12); e Lucas Baptista (O futuro de uma invenção: Hollis Frampton e o catálogo Lumière, 16/12), não é necessário inscrever-se. Basta ficar ligado na página da mostra no Facebook (http://www.facebook.com/lumierecineasta), onde serão disponibilizados os links de acesso.

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Jornalista, professor e crítico de cinema membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema,). Ministrou cursos na Escola de Cinema Darcy Ribeiro/RJ, na Academia Internacional de Cinema/RJ e em diversas unidades Sesc/RJ. Participou como autor dos livros "100 Melhores Filmes Brasileiros" (2016), "Documentários Brasileiros – 100 filmes Essenciais" (2017), "Animação Brasileira – 100 Filmes Essenciais" (2018) e “Cinema Fantástico Brasileiro: 100 Filmes Essenciais” (2024). Editor do Papo de Cinema.

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