A programação abre às 15h, com o longa A Outra Margem (2009), de Gagma Napiri. Entre os destaques, está o raríssimo A Minha Vó (1929), de Kota Miqaberidze, uma sátira ao então jovem sistema estatal soviético que ficou proibida no país por 40 anos. Também será exibido Pirosmani (1969), de Giorgi Shengelaia, que conta a vida do pintor primitivista georgiano Niko Pirosmani, um exemplares mais ricos da nouvelle vague da região. Vencedor do Grande Prêmio do Júri e do prêmio da crítica no Festival de Cannes de 1987, o filme Constrição, de Tengiz Abuladze, mestre do cinema do leste europeu, também faz parte da mostra.
O cinema na Geórgia começou em 1910 com documentários que falavam sobre a sociedade da época. Durante a Segunda Guerra Mundial, a produção passou a servir à União Soviética, limitando tanto a escolha de temas quanto a estética. Entre 1960 a 1970 os cineastas conseguiram driblar a censura e lançar filmes cheios de ironias e com fortes críticas sociais. Após o período da guerra e a queda do império soviético, o cinema georgiano ocupou um importante papel na reestruturação social e psicológica do povo do país.
(Fonte: Sala P.F. Gastal)