Na manhã do dia 5, foi anunciada à imprensa a lista completa dos filmes que serão exibidos na 43ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, que acontece entre 17 e 30 de outubro. Serão cerca de 300 títulos, repetindo a marca dos anos anteriores, com destaque à fortíssima seleção brasileira, com 60 filmes, além das homenagens a Olivier Assayas e Elia Suleiman.
Entre os destaques nacionais, se encontram vários filmes inéditos de diretores consagrados, incluindo os novos projetos de Paulo Caldas (Abismo Tropical), Lírio Ferreira (Acqua Movie), Heitor Dhalia (Anna), Andrucha Waddington (O Juízo), Camilo Cavalcante (Beco), Luiz Rosemberg Filho (Bobo da Corte), Marília Hughes e Cláudio Marques (Guerra de Algodão) e Belisário Franca (O Paradoxo da Democracia).
A Mostra também exibirá os principais filmes brasileiros vencedores de festivais recentes, como A Vida Invisível, de Karim Aïnouz (prêmio Um Certo Olhar no Festival de Cannes), Casa, de Letícia Simões (vencedor do Festival de Vitória), Pacarrete, de Allan Deberton (vencedor em Gramado e Florianópolis) e Diz a Ela que Me Viu Chorar, de Maíra Bührer (vencedor do Olhar de Cinema).
Na seleção internacional, além dos previamente anunciados Wasp Network, Dois Papas e o vencedor da Palma de Ouro, o sul-coreano Parasita, destacam-se o isralense Sinônimos, que venceu o Urso de Ouro no Festival de Berlim, o drama franco-belga O Jovem Ahmed, dos irmãos Dardenne, o filme de terror O Farol, em presença de Willem Dafoe e do diretor Robert Eggers, o palestino O Paraíso Deve Ser Aqui, de Elia Suleiman, além do brilhante O Que Arde, de Olivier Laxe.
A coletiva de imprensa foi marcada pela resistência dos produtores audiovisuais em relação aos cortes no investimento e às práticas de censura do governo Bolsonaro. “A Mostra reflete o estado do mundo, e por isso [a safra 2019] reflete o ano extraordinário do cinema brasileiro”, afirma a diretora Renata Almeida. A cineasta Laís Bodanzky, à frente da Spcine, sugeriu que cada novo ataque do governo tem como resposta novos prêmios, e o reconhecimento mundial da qualidade dos nossos filmes.
Para Alexandre Youssef, Secretário de Cultura da Cidade de São Paulo, é preciso enfrentar os “ataques e cortes que a cultura sofre”, na intenção de “defender o audiovisual e a liberdade de expressão contra os ‘filtros'” temáticos propostos pelo presidente e seus ministros. O representante do Sesc, Danilo Santos de Miranda, alertou contra o “obscurantismo que ameaça todas as nossas ações culturais”, deixando a instituição em “ameaça permanente”.
Por fim, Claudiney Ferreira, representante do Itaú Cultural, lembrou que a Mostra, enquanto instituição, promove não apenas as sessões e debates, mas também constitui um espaço fundamental de encontro, neste tempo em que “precisamos criar pontes, estabelecer elos”.
A lista completa de filmes selecionados está disponível na página oficial da 43ª Mostra de SP.
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