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Há uma onda de atividades virtuais pregando boicote a Mulan (2020), filme recentemente lançado no Disney+. Os motivos do descontentamento diante do live-action baseado na animação homônima foram os comentários polêmicos da protagonista Liu Yifei. Ela demonstrou apoio à polícia de Hong Kong durante os protestos contra a polêmica lei da extradição, que entrou há pouco em vigor quase um ano após as manifestações pró-democracia na antiga colônia britânica. O texto permite reprimir atividades subversivas, terrorismo, secessão e conluio com forças estrangeiras, prevendo sentenças que podem chegar à prisão perpétua. “Eu apoio a polícia de Hong Kong. Podem me atacar agora”, escreveu Yifei na rede social Weibo. Vale lembrar que ela também é cidadã norte-americana.

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Principal ativista pró-democracia de Hong Kong, Joshua Wong vem alimentando a campanha de boicote contra Mulan. “Como a Disney se prostrou diante de Pequim e Liu Yifei aberta e orgulhosamente endossa a brutalidade policial em Hong Kong, exorto todos os que acreditam nos direitos humanos a #BoycottMulan”, escreveu ele recentemente no Twitter. O filme da Disney, que custou cerca de US$ 200 milhões, tem estreia programada para breve em algumas praças asiáticas que já contam com suas salas de cinema total ou parcialmente abertas. O ativista tailandês Netiwit Chotiphatphaisal também tem pedido o boicote ao filme. “A Disney e o governo chinês sabem que a violência do Estado contra as pessoas é inaceitável”, escreveu.

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Jornalista, professor e crítico de cinema membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema,). Ministrou cursos na Escola de Cinema Darcy Ribeiro/RJ, na Academia Internacional de Cinema/RJ e em diversas unidades Sesc/RJ. Participou como autor dos livros "100 Melhores Filmes Brasileiros" (2016), "Documentários Brasileiros – 100 filmes Essenciais" (2017), "Animação Brasileira – 100 Filmes Essenciais" (2018) e “Cinema Fantástico Brasileiro: 100 Filmes Essenciais” (2024). Editor do Papo de Cinema.

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