Mudança em Flash Gordon: Novo filme será um live-action

Há anos a 20th Century Fox vem tentando tirar da gaveta um novo filme de Flash Gordon. Matthew Vaughn e Julius Avery já estiveram atrelados à direção da aventura do herói da ficção científica, mas nenhum desses planos foi adiante. As últimas informações que correram pelos corredores de Hollywood davam conta de que os planos tinham sido drasticamente alterados com a aquisição do estúdio pela Disney. Taika Waititi havia sido contratado, mas para dirigir uma animação que serviria como esse novo pontapé inicial. No entanto, pegando muita gente de surpresa, o produtor John Davis reportou ao site norte-americano Collider que os planos foram alterados novamente e que a produção será realmente um live-action, ou seja, um filme com atores e atrizes de carne e osso. “Taika está escrevendo o roteiro. Foi um filme [o dos anos 1980] que teve uma grande influência no crescimento dele. É um de seus filmes favoritos. Ele inicialmente me disse: ‘Vamos fazer isso animado.’ Eu disse: ‘Tudo bem’. Então começamos a desenvolvê-lo e ele disse: ‘Não, vamos fazer isso em live-action’. Eu disse: ‘Ainda melhor.’”.

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O novo filme também será baseado nas histórias em quadrinhos criadas em 1934 por Alex Raymond. A mais famosa das encarnações do personagem no audiovisual foi exatamente a do filme de 1980, no qual o protagonista é vivido por Sam J. Jones e o vilão, o Imperador Ming, foi interpretado por ninguém menos do que o grande Max Von Sydow. Fica a expectativa para saber como será essa nova versão, que certamente precisará conter algumas adequações, já que Ming era retratado a partir de estereótipos de vilões asiáticos que aludem ao racismo. Mesmo os papeis femininos devem ganhar nova textura, pois no filme oitentista elas geralmente são as vítimas que devem ser salvas enquanto exibem seus atributos físicos. O filme não deve acontecer tão cedo, afinal de contas Taika Waititi tem uns 200 projetos na frente. Mas, claro, a fila pode ser furada de acordo com as prioridades dos estúdios.

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Marcelo Müller

Jornalista, professor e crítico de cinema membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema,). Ministrou cursos na Escola de Cinema Darcy Ribeiro/RJ, na Academia Internacional de Cinema/RJ e em diversas unidades Sesc/RJ. Participou como autor dos livros "100 Melhores Filmes Brasileiros" (2016), "Documentários Brasileiros – 100 filmes Essenciais" (2017), "Animação Brasileira – 100 Filmes Essenciais" (2018) e “Cinema Fantástico Brasileiro: 100 Filmes Essenciais” (2024). Editor do Papo de Cinema.

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