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Ninguém em sã consciência esperava que Mulher-Maravilha 1984 (2020), dadas as circunstâncias, provocasse um abalo sísmico nas bilheterias mundiais. Em condições normais, certamente o longa-metragem estrelado por Gal Gadot teria essa condição, mas com boa parte das salas de cinema do mundo fechadas por conta da pandemia do Covid-19, fica difícil sobressair financeiramente. Some a isso o anúncio de que a superprodução estará em breve disponível no HBO Max e aí mesmo que as pessoas perderam o ímpeto de arriscar-se para assistir ao filme da heroína. Mas, até mesmo os modestos prognósticos da Warner Bros. quanto a arrecadação do potencial blockbuster têm sido decepcionados. Era projetado um faturamento de cerca US$ 35 milhões no fim de semana de estreia do longa na China. Contudo, esse montante chegou apenas a US$ 18 milhões. Por enquanto a arrecadação total é de US$ 38,5 milhões. Lembrando que o lançamento nos Estados Unidos acontece apenas no dia 25 de dezembro.

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Analistas de mercado apontam que o pífio desempenho financeiro nas salas de cinema convencionais pode dar mais munição aos entusiastas do streaming. Como Mulher-Maravilha 1984 chega em breve ao HBO Max, numa política praticamente de lançamento simultâneo que a Warner Bros. já decidiu seguir em 2021, espera-se números recordes de acesso na plataforma. Isso, aos olhos dos acionistas do conglomerado, seria uma confirmação (ainda que as tais simetrias estejam sujeitas a uma série de variáveis) de que a polêmica decisão de fazer do HBO Max um canal primário, sem o respeito das tradicionais janelas (espaços de tempo entre lançamentos em suportes distintos), foi um acerto. Para aprofundar-se nisso, indicamos o nosso artigo de opinião listado acima nos conteúdos relacionados.

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Gal Gadot em “Mulher-Maravilha 1984”
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Jornalista, professor e crítico de cinema membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema,). Ministrou cursos na Escola de Cinema Darcy Ribeiro/RJ, na Academia Internacional de Cinema/RJ e em diversas unidades Sesc/RJ. Participou como autor dos livros "100 Melhores Filmes Brasileiros" (2016), "Documentários Brasileiros – 100 filmes Essenciais" (2017), "Animação Brasileira – 100 Filmes Essenciais" (2018) e “Cinema Fantástico Brasileiro: 100 Filmes Essenciais” (2024). Editor do Papo de Cinema.

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