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Napoleão :: Questionamentos de Joaquin Phoenix motivam reescrita do roteiro

Publicado por
Marcelo Müller

Vencedor do Oscar de Melhor Ator por Coringa (2019), Joaquin Phoenix é constantemente celebrado como um dos principais atores de sua geração (senão o principal), e também um parceiro criativo muito atuante. Tanto que ele não se fez de rogado ao ser escalado por Ridley Scott como Napoleão Bonaparte na cinebiografia do francês: o ator deu tantos pitacos que, de acordo com o experiente realizador, o roteiro precisou ser reescrito. Vale lembrar que no longa-metragem atualmente em produção ainda figuram no rol do elenco principal Vanessa Kirby e Tahar Rahim. As seguintes citações são da entrevista de Scott para o norte-americano Empire.

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Joaquin está o mais longe possível do convencional. Não deliberadamente, mas por pura intuição. Isso é o que o faz funcionar de um jeito especial. Se algo o incomodar, ele faz questão que você saiba disso. Ele tornou nosso filme mais especial ao questionar constantemente. Com Joaquin podemos reescrever o filme porque ele está desconfortável. E isso meio que aconteceu com Napoleão. Mudamos o cronograma para ajudá-lo a se concentrar em quem era Bonaparte. Eu tinha de respeitar isso porque suas contribuições eram incrivelmente construtivas. Isso fez tudo crescer e ficar melhor”, disse o cineasta.

O roteiro de Napoleão foi escrito por David Scarpa. A produção está acontecendo dentro da Apple e o lançamento está previsto para algum momento de 2023. “Napoleão é um homem pelo qual sempre fui fascinado. Ele veio do nada para governar tudo – mas o tempo todo ele estava travando uma guerra romântica com sua esposa adúltera Josephine. O sujeito conquistou o mundo para tentar conquistar o amor dela e, quando não conseguiu, conquistou-o para destruí-la e destruiu a si mesmo no processo”, continuou Ridley Scott.

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Jornalista, professor e crítico de cinema membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema,). Ministrou cursos na Escola de Cinema Darcy Ribeiro/RJ, na Academia Internacional de Cinema/RJ e em diversas unidades Sesc/RJ. Participou como autor dos livros "100 Melhores Filmes Brasileiros" (2016), "Documentários Brasileiros – 100 filmes Essenciais" (2017), "Animação Brasileira – 100 Filmes Essenciais" (2018) e “Cinema Fantástico Brasileiro: 100 Filmes Essenciais” (2024). Editor do Papo de Cinema.