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Ator com quase 170 créditos em sua prolífica carreira, Ned Beatty morreu na manhã deste domingo, 13, nos Estados Unidos, de causas naturais. De acordo com sua agente, ele estava “cercado de amigos e entes queridos”. Sua trajetória no cinema começou em 1972, interpretando um veranista estuprado por um local em Amargo Pesadelo. O debute nos cinemas veio depois de uma trajetória de anos no teatro. Sua ascensão continuou em 1976, quando viveu um executivo no elogiado Rede de Intrigas, papel pelo qual recebeu sua única indicação ao Oscar, a de Melhor Ator Coadjuvante. Sua aparição no filme é breve, porém marcante, vomitando num monólogo de três minutos uma visão sobre o papel das multinacionais na constituição do mundo completamente orientado pelo capital. Ned teve grande parte de seus papeis como coadjuvante, algo que o deixava confortável, segundo entrevista concedida em 1977:

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“Ser uma estrela diminui consideravelmente sua eficácia como ator porque você se torna uma parte identificável de um produto, sem contar que fica um tanto previsível. Você tem de cuidar de seus P’s e Q’s e alimentar os fãs. Gosto de surpreender o público, de fazer o inesperado, de jogar a bola curva, como se diz no jargão do baseball”. E um dos grandes personagens secundários de sua carreira foi o capanga meio idiota do vilão Lex Luthor (Gene Hackman) em Superman: O Filme (1978). Ned Beaty também esteve nos elencos de Nashville (1975), Todos os Homens do Presidente (1976), A Fortuna de Cookie (1999), Jogos do Poder (2007) e Toy Story 3 (2010).

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Ao lado de Gene Hackman em “Superman: O Filme”
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Jornalista, professor e crítico de cinema membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema,). Ministrou cursos na Escola de Cinema Darcy Ribeiro/RJ, na Academia Internacional de Cinema/RJ e em diversas unidades Sesc/RJ. Participou como autor dos livros "100 Melhores Filmes Brasileiros" (2016), "Documentários Brasileiros – 100 filmes Essenciais" (2017), "Animação Brasileira – 100 Filmes Essenciais" (2018) e “Cinema Fantástico Brasileiro: 100 Filmes Essenciais” (2024). Editor do Papo de Cinema.

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