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Em 2017, o Festival de Cannes foi marcado por uma ampla discussão acerca da participação dos “originais Netflix”. O destaque dado a Okja e Os Meyerowitz: Família Não Se Escolhe, filmes veiculados somente no serviço de streaming, ou seja, que não passaram pelas telonas, levou a diversos desconfortos. Segundo Thierry Fremaux, diretor artístico do certame francês, tal situação “criou uma enorme controvérsia que ecoou pelo mundo”. Ted Sarandos, diretor de conteúdo da Netflix, acaba de divulgar que suas produções não irão à Croisette em 2018, exatamente por conta das restrições apresentadas à 71ª edição do evento, que começa no dia 08 de maio.

Sarandos disse que a decisão tem a ver com o respeito pelos filmes e cineastas colaboradores. “Eles (a direção de Cannes) deram o tom (da situação). Não acho bom estarmos lá”. Tudo começou quando proprietários de cinemas franceses, bem como suas entidades de classe, reclamaram por Cannes oferecer uma vitrine privilegiada a exemplares restritos a consumo doméstico. Há uma lei na França que estabelece a janela de 36 semanas para um longa-metragem exibido nas salas de cinemas estar apto a constar em outras plataformas.

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“Okja”, alvo de polêmicas em 2017

Diante do impasse criado, e temendo represálias do circuito exibidor, Thierry Fremaux inviabilizou a possibilidade de qualquer produção Netflix concorrer à Palma de Ouro em 2018. O que mudou com o posicionamento atual da Netflix é que os longas dela tampouco serão exibidos fora de competição, em retaliação da empresa ao evento.

 

(Fonte: Redação PdC)

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