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Netflix vai investir US$ 500 milhões em produções sul-coreanas em 2021

Publicado por
Bruno Carmelo

A Netflix já havia declarado que, entre as filiais internacionais, a Coreia do Sul seria uma prioridade. Depois de comprar dois gigantescos estúdios nos arredores de Seul e confirmar a refilmagem coreana de La Casa de Papel, os diretores organizaram um evento para anunciar novos projetos no país asiático, totalizando US$ 500 milhões em investimento apenas em 2021.

A atenção se deve ao crescimento exponencial da indústria audiovisual sul-coreana, abraçada pelo governo local enquanto prioridade econômica. Com fortes incentivos locais e mecanismos de proteção (inclusive suporte aos artistas prejudicados pela pandemia de Covid-19), a Coreia do Sul consolidou sua projeção internacional ao vencer o Oscar de melhor filme por Parasita (2019). A Netflix possui 3,8 milhões de assinantes no país.

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Hellbound

 

“Espectadores do mundo inteiro estão se apaixonando pelas histórias, pelos artistas e pela cultura sul-coreanos”, declarou o representante local da empresa. Ele anunciou a série de ficção científica The Silent Sea, com Doona Bae e Lee Joon, sobre astronautas enviados à Lua, além de Hellbound, suspense sobrenatural do diretor de Invasão Zumbi, e Squid Game, suspense sobre os participantes de um reality show misterioso, com prêmio de US$ 40 milhões.

Além disso, dois novos filmes foram apresentados: Moral Sense, história de um empresário reservado que tem seu fetiche sadomasoquista descoberto por uma colega de trabalho, que passa a dominá-lo, e Carter, suspense a respeito de um homem que acorda num quarto de hotel sem saber quem é, nem como foi para ali (numa premissa semelhante à de OldBoy).

Para o público brasileiro, a Netflix disponibiliza projetos sul-coreanos como a série Kingdom, o filme de zumbis #Alive e o romance Wish You.

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Crítico de cinema desde 2004, membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema). Mestre em teoria de cinema pela Universidade Sorbonne Nouvelle - Paris III. Passagem por veículos como AdoroCinema, Le Monde Diplomatique Brasil e Rua - Revista Universitária do Audiovisual. Professor de cursos sobre o audiovisual e autor de artigos sobre o cinema. Editor do Papo de Cinema.

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