A Netflix anunciou o lançamento de mais um documentário original: AmarElo: É Tudo pra Ontem (2020), que estreia na plataforma dia 8 de dezembro. O filme parte do show de Emicida no Teatro Municipal de São Paulo, estudando em paralelo dois outros momentos fundamentais à consagração da arte e cultura negra no país: a Semana de Arte Moderna em 1922 e a fundação do Movimento Negro Unificado, de 1978.
O próprio artista havia homenageado o MNU em sua apresentação, declarando que, quando cresceu, a perspectiva de um artista negro apresentar seu trabalho no Teatro Municipal parecia impossível. “Hoje, não é mais”, declarou Emicida em comunicado à imprensa. “E é dessa forma que quero que lembrem do meu nome no futuro, como alguém que sabia que o impossível era grande, mas não maior que si”.
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O filme tem direção de Fred Ouro Preto, cineasta acostumado aos videoclipes, e que já trabalhou com o rapper em vários vídeos, a exemplo de Triunfo, País do Futebol, Crisântemo, Pantera Negra e Oasis. Ele pretende fazer do projeto uma fusão entre a música e as letras de Emicida com cem anos de história do movimento negro brasileiro.
Recentemente, a Netflix tem investido na produção de diversos documentários sobre músicos, como a minissérie Vai Anitta (2018), além de adquirir projetos como Vinícius de Moraes (2005), Barão Vermelho: Por que a Gente É Assim? (2017), O Barato de Iacanga (2018) e Amor Sertanejo (2020). O Papo de Cinema debate o fenômeno dos documentários musicais, elencando o melhor e o pior do gênero, na última edição do nosso podcast semanal: