O ano de 2021 tinha começado bem para o ator Noel Clarke, que recebeu o prêmio de Contribuição Artística Excepcional para o Cinema no mês de abril, pelo BAFTA, a mais prestigiosa associação de atores e atrizes no Reino Unido. No entanto, a situação acaba de se inverter: o prêmio foi cancelado, e o ator recebeu um aviso de revogação de sua condição de membro.
O gesto do BAFTA é motivado por um extenso artigo do jornal The Guardian, que conversou com 20 mulheres acusando Clarke de abuso sexual, conduta inapropriada, toques indevidos e comportamento antiético entre os anos de 2004 e 2019. Entre as declarações, as mulheres acusam o ator de filmar secretamente testes de elenco com atrizes nuas, e compartilhar fotos íntimas com colegas de trabalho.
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Chamado pelas vítimas de “predador sexual”, o artista é conhecido pelo público graças aos papéis em Doctor Who (2005 – 2010), Além da Escuridão: Star Trek (2013) e Mudo (2018). O BAFTA justificou sua ação em nota pública: “Em virtude das alegações contra Noel Clarke pelo The Guardian, tomamos a decisão de suspender o membro e retirar o prêmio de Contribuição Artística Excepcional para o Cinema imediata e indefinidamente”.
O ator se defende de todas as acusações: “Em 20 anos de carreira, coloquei a inclusão e a diversidade à frente do meu trabalho, e nunca tive uma única reclamação contra mim. Se qualquer pessoa que tenha trabalhado comigo se sentiu desconfortável ou desrespeitada, peço sinceras desculpas. Eu nego veementemente qualquer má conduta sexual ou imprópria, e pretendo me defender destas alegações falsas”.
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