Nomadland vence o grande prêmio da Federação Internacional de Críticos de Cinema

Você achou que Nomadland (2021) tinha já tinha ganhado todos os prêmios possíveis do cinema? Pois, achou errado. Depois de passar como um trator no Oscar, no Bafta, no Globo de Ouro, no Critics Choice Awards, no Festival de Veneza e no de Toronto (só isso), o longa-metragem dirigido por Chloé Zhao acabou de ganhar o Grand Prix oferecido pela FIPRESCI, a Federação Internacional de Críticos de Cinema. Ao todo, 593 críticos espalhados pelo mundo participaram da eleição que considerou o drama norte-americano como o melhor filme de 2021 – na verdade, ele é de 2020, mas é assim que consta no material enviado pela entidade à imprensa. Os outro quatro finalistas a um dos maiores reconhecimentos mundiais da crítica foram: Druk: Mais uma Rodada (2020), Quo Vadis, Aida? (2020), What Do We See When We Look At The Sky? (2021) e Bad Luck Banging ou Loony Porn (2021). Pode-se dizer que Nomadland teve uma das mais abrangentes e vitoriosas carreiras em premiações internacionais das últimas décadas – será que ainda tem algum prêmio para o filme ganhar?

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Nomadland é protagonizado por Fern (Frances McDormand), mulher que decide transformar a estrada em moradia depois de perder o marido e o emprego em questão de meses. Fora da lógica na sociedade sedentarizada, ela se torna uma nômade e vai iluminando não apenas essa forma alternativa de viver, como também os efeitos devastadores do capitalismo selvagem que modifica as paisagens geográficas e humanas de acordo com seus humores.

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Marcelo Müller

Jornalista, professor e crítico de cinema membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema,). Ministrou cursos na Escola de Cinema Darcy Ribeiro/RJ, na Academia Internacional de Cinema/RJ e em diversas unidades Sesc/RJ. Participou como autor dos livros "100 Melhores Filmes Brasileiros" (2016), "Documentários Brasileiros – 100 filmes Essenciais" (2017), "Animação Brasileira – 100 Filmes Essenciais" (2018) e “Cinema Fantástico Brasileiro: 100 Filmes Essenciais” (2024). Editor do Papo de Cinema.

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