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O Barco :: Estreia nos cinemas o novo filme de Petrus Cariry

Publicado por
Bruno Carmelo

Depois de vencer quatro prêmios no Cine Ceará 2018 (Melhor Filme pelo júri universitário, Melhor Fotografia, Melhor Som e Melhor Trilha Sonora), o drama O Barco (2018) acaba de chegar aos cinemas brasileiros. Nesta quinta-feira, 5 de novembro, ele estreia em Fortaleza (Cinema do Dragão e Cineteatro São Luiz), Recife (Cinema da Fundação) e Salvador (UCI Shopping da Bahia). Há perspectiva de expansão para outras capitais nas próximas semanas.

Após realizar a aclamada Trilogia da Morte (formada por O Grão, 2007, Mãe e Filha, 2011, e Clarisse ou Alguma Coisa sobre Nós Dois, 2015), o cearense Petrus Cariry traz a história de Esmerina, mulher que vive numa vila de pescadores com seus 26 filhos, batizados com as letras do alfabeto. Quando um barco encalha na praia trazendo a sobrevivente de um naufrágio (Samya de Lavor), o filho mais velho, A (Rômulo Braga) decide abandonar o lugar e explorar o mundo além de sua cidade.

 

O Barco

 

A história é baseada num conto de Carlos Emílio Corrêa Lima, adaptado pelo autor junto de Petrus Cariry, Rosemberg Cariry e Firmino Holanda. O diretor também assina a montagem, o roteiro e a direção de fotografia, pela qual foi premiado na Espanha, Ucrânia e nos festivais brasileiros Festicini e Rio Fantastik. Produzido pela Iluminura Filmes, o projeto de equipe majoritariamente cearense apresenta o cenário da Praia das Fontes.

“O mar é um personagem”, explicou o diretor em entrevista ao Papo de Cinema. “Ele aprisiona, uma hora está mais tranquilo, noutra castiga. Ele vibra, e os demais personagens sentem”. Sobre a beleza das imagens, confessa: “Rembrandt é sempre uma referência – gosto muito de pintura. Quando as pessoas me dizem que as imagens dos meus filmes se parecem com telas, acho que é isso mesmo”.

 

Diretor Petrus Cariry (ao centro) com a equipe do filme O Barco no Cine Ceará

 

Em nossa crítica, Robledo Milani escreve: Rômulo Braga, como A, é uma força da natureza, guardando sensações em si que podem ser apenas imaginadas, nunca sentidas. Veronica Cavalcanti, como a mãe, é o outro lado desse mesmo equilíbrio, aquela que ameaça para não perder, que teme ao descobrir, que sofre pelo que é eminente”. Leia o texto na íntegra.

O Papo de Cinema conversou com Petrus Cariry e o crítico e pesquisador Diego Benevides sobre este lançamento no nosso podcast semanal. Eles comentam com Marcelo Müller a gênese do projeto, a paixão por um cinema ousado e os caminhos para exibi-lo ao público. Confira este bate-papo:

 

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Crítico de cinema desde 2004, membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema). Mestre em teoria de cinema pela Universidade Sorbonne Nouvelle - Paris III. Passagem por veículos como AdoroCinema, Le Monde Diplomatique Brasil e Rua - Revista Universitária do Audiovisual. Professor de cursos sobre o audiovisual e autor de artigos sobre o cinema. Editor do Papo de Cinema.

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