Tem estreia pintando no cinema nacional. Trata-se da cineasta Maíra Bühler, que embora já tenha dirigido diversas produções, premiadas inclusive, irá debutar no comando de longas de ficção. A novidade foi confirmada após a Hubert Bals Fund contemplar o projeto intitulado O Casamento, que deverá estrear em 2024. Este fundo curatorial tem relação com o Festival de Roterdã e é dedicado a apoiar cineastas da América Latina, África, Ásia, Oriente Médio e de diversas partes da Europa. Em outros anos, já havia premiado filmes brasileiros como O Som ao Redor (2012), de Kleber Mendonça Filho, e A Febre (2019), de Maya Da-Rin.
Na trama do futuro lançamento, uma jovem indígena que está sendo preparada para ser uma grande chefe vê sua vida transformada quando a aldeia em que vive é contatada por expedicionários colonizadores do Brasil Central, nos anos 1950. Neste momento, não tendo como escapar a toda a violência decorrente do contato, ela decide fazer um casamento político com um deles, com o objetivo de minimizar os danos para sua comunidade. Para isso, enfrenta o medo do perigoso mundo dos brancos e viaja ao Rio de Janeiro acompanhada de seu futuro esposo para convencer o governo brasileiro da legitimidade de seu casamento, então proibido pelo Serviço de Proteção ao Índio (SPI).
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Mas, quando chega na capital, o que seria uma visita política se transforma num grande show midiático quando ela vira a protagonista de uma foto-reportagem/folhetim no qual é transformada numa espécie de “Cinderela dos Trópicos”. Segundo divulgado, o filme é inspirado em uma história real. A produção é da Abrolho Filmes, também responsável pela ideia original do projeto.
