Tem documentário musical vindo por aí. Recentemente, foram finalizadas no Rio de Janeiro as filmagens de O Cravista (2024), longa documental sobre a vida e a obra do agora nonagenário Roberto de Regina, um dos nomes mais importantes da música clássica brasileira. Dirigida por Luiz Eduardo Ozório, a produção teve como locação final a Casa Julieta de Serpa, numa ocasião festiva que contou com a reprodução de um baile real. Dançarinos e músicos especializados no período, coreografados pelo Professor da Universidade Federal Fluminense (UFF) Mário Orlando, acompanharam as notas tocadas pelo cravista em pessoa. “Pra mim o documentário será muito positivo para reverberar o valor que o Cravo representa para a música. Acredito que é um instrumento que tem um potencial de se manter vivo, crescer, porque ele tem algo especial. O som é parecido com as cordas da guitarra, então acho que o futuro do Cravo será promissor com os jovens”, disse o artista.
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O Cravista começou a ser rodado em 2022, inclusive acompanhando momentos recentes e importantes na vida do músico, como a homenagem que a Camerata Antiqua de Curitiba (fundada por Roberto em 1974) prestou a ele na Sala Cecília Meireles em 2022, e a sua última apresentação nos palcos, realizada na Academia Brasileira de Letras (ABL) em 2023. “Mostrar a trajetória de um dos artistas mais importantes da música clássica brasileira, além de um privilégio, é necessidade, porque o Roberto de Regina é uma lenda viva da cultura e da arte, reconhecido por um grupo de pessoas, mas um ilustre desconhecido para grande parte. Este filme é uma oportunidade de celebrarmos a vida e a obra dele e com ele”, diz o diretor e roteirista. Roberto de Regina foi o primeiro a construir um cravo no país. Músico autodidata, ele abraçou a carreira artística depois de 30 anos dedicados à medicina. Em 2023 recebeu o título de Honoris Causa pela Academia Brasileira de Belas Artes.