O Juízo (2019), filme de terror roteirizado por Fernanda Torres e dirigido por seu marido, Andrucha Waddington, será exibido no Corujão da Rede Globo neste domingo, 26 – na madrugada de sábado para domingo, a partir das 3h15. Originalmente com 90 minutos, o longa-metragem conta a história de Augusto, homem desempregado no meio de uma crise matrimonial por conta do alcoolismo. Ele decide se mudar com esposa e filho para uma fazenda herdada de seu avô. O que ninguém poderia imaginar é que a propriedade fosse assombrada por Couraça e Ana, escravos decididos a se vingar dos seus antepassados.
Pensou imediatamente em O Iluminado (1980), um dos maiores filmes de terror de todos os tempos? Pois a relação com a obra-prima norte-americana é assumida. E quem confirmou isso para a gente foi a própria roteirista, a agora indicada ao Oscar de Melhor Atriz Fernanda Torres, numa entrevista exclusiva concedida ao Papo de Cinema na época do lançamento da obra nas telonas do cinema.
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“Várias vezes eu escrevia coisas e pensava: ‘Essa ideia é maravilhosa!’. Aí você termina de escrever e descobre que aquilo tudo vem de O Iluminado. Antes, a cena que deveria abrir o filme (e foi reposicionada depois) trazia o personagem abrindo o olho e vivendo no passado. Adorei a ideia, então descobri que estava puxando isso de O Iluminado. Em determinado momento, parei de lutar contra isso. Não consegui me distanciar totalmente dele, mas também não parti da intenção de refazer o clássico, é claro. Foi impossível escapar de O Iluminado, embora O Juízo tenha suas particularidades.
Você assiste a Ad Astra: Rumo às Estrelas (2019) e pensa: ‘aquilo é 2001: Uma Odisseia no Espaço (1968)’! As pessoas nem lutam mais para não ser assim. O Kubrick estabeleceu premissas incontornáveis no cinema. A velocidade das naves no espaço, no cinema, é a velocidade determinada pelo Kubrick. É impossível filmar com outra velocidade diferente daquela estabelecida por ele”.
:: CONFIRA A ENTREVISTA COMPLETA COM FERNANDA TORRES ::
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“O terror tem muito susto, muito sangue. Temos pensado no projeto como um suspense sobrenatural. É sobrenatural porque fala de coisas não concretas, que podem ser místicas ou não, como os fantasmas e as almas que não desencarnam. Já o suspense diz respeito ao fato de se dedicar muito mais à construção de clima do que no horror. Esta foi uma escolha nossa, de não apostar em sustos. A casa e a floresta são personagens. Trata-se do embate do homem contra a natureza, e aquela casa possui uma história. Ela abriga um trauma muito grande do passado que volta para acertar contas com a família”.
“Nunca tinha feito suspense, mas sabia que seria essencial trabalhar o ambiente, a fotografia, o tempo, os silêncios, a angústia dos personagens… O som é fundamental. Pensamos na melhor maneira de criar clima através dos efeitos sonoros, mas novamente, sem recorrer a sustos. Estes elementos, em conjunto, deixam o espectador angustiado do início ao fim. Os tempos são totalmente diferentes de um drama ou uma comédia. Sempre tive muita vontade de experimentar esse gênero”.
:: CONFIRA A ENTREVISTA COMPLETA COM ANDRUCHA WADDINGTON ::
O Juízo conta em seu elenco com Felipe Camargo, Carol Castro, Criolo, Fernanda Montenegro e Lima Duarte.
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