Quando a Netflix aprovou o projeto de O Legado de Júpiter, ela imaginava uma longa franquia baseada nos quadrinhos de Mark Millar, fruto de um acordo milionário com o criador. No entanto, a primeira temporada estrelada por Josh Duhamel, Leslie Bibb e Ben Daniels, entre outros, ficou longe de agradar tanto a imprensa quanto o público. Em virtude da audiência fraca e das críticas negativas, a empresa decidiu cancelar a segunda temporada.
Mark Millar comunicou nas redes sociais da Millarworld que os atores já tinham sido dispensados de seus contratos. A Netflix tinha investido cerca de US$ 200 milhões na série, segundo o Hollywood Reporter, o que significa perdas importantes aos produtores. No entanto, o gigante do streaming já encontrou os próximos passos dentro do acordo com o artista: uma adaptação de Supercrooks.
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Trata-se de uma série em anime situada no mesmo universo de O Legado de Júpiter, focada num grupo de supervilões planejando um assalto arriscado. Os criadores descrevem a ideia como uma mistura de X-Men e Onze Homens e um Segredo. O autor afirmou que o projeto surge “primeiro como anime”, acenando à possibilidade de outros formatos em caso de sucesso.
Ou seja, a Netflix está com pressa de passar a borracha sobre a experiência malsucedida de O Legado de Júpiter e seguir em frente. A crítica do Papo de Cinema ainda apostava numa continuação: “Se o desenlace que responde pelo verdadeiro chamariz da premissa […] se mostra desde o começo desinteressante, seja pelas composições inverossímeis, os intérpretes fracos ou os conflitos tolos, recai sobre as sequências que deveriam apenas servir como suporte […] o mérito (ou não?) de segurar a audiência até o desfecho dessa jornada”. Leia na íntegra o texto de Robledo Milani.