Depois de ter realizado uma projeção especial de Mangue-Bangue (1971), a Cavídeo, produtora com sede no Rio de Janeiro, vai permitir ao público da Cidade Maravilhosa mais um encontro com outro exemplar clássico, mas infelizmente pouco visto, do cinema brasileiro. Nesta sexta-feira, 13, a partir das 21h30, no Estação Botafogo (Rua Voluntários da Pátria, 88) será exibido O Profeta da Fome (1970), filme roteirizado e dirigido por Maurice Capovilla e estrelado por ninguém menos do que o nosso saudoso José Mojica Marins. O evento faz parte do projeto Sextas Malditas, realização da empresa de Cavi Borges em parceria com o Grupo Estação e o Rosebud que se estende por todo mês de março. As senhas começam a ser distribuídas cerca de uma hora antes da sessão. A entrada é grátis.
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O Profeta da Fome começa num circo pobre, itinerante pelo interior do Brasil. João (Mojica), o faquir, apresenta um número chamado “os manjares do demônio”, em que come giletes, cacos de vidro, pregos e parafusos. Desesperado, o dono do local força o artista a apresentar “o homem que come gente”. O canibalismo não se concretiza, o que leva a plateia a gerar um tumulto que gera incêndio na lona. O protagonista inicia uma jornada na companhia de sua mulher. Em determinada cidade, eles decidem apresentar o “crucificado vivo”, pregando o outrora faquir pelas mãos. A controvérsia acaba atraindo muita gente, que idolatra o artista, mesmo quando ele é preso pelas autoridades. Uma vez solto, tido como guia espiritual do povo, João decide parar de comer e ser uma espécie de mensageiro da fome.