O ano de 2020 se termina como o primeiro em mais de uma década sem ter uma única grande produção de super-heróis da Marvel chegando às telas dos cinemas mundiais. As bilheterias internacionais sofreram queda brutal de 80%, aproximadamente, e a indústria se preocupa com o circuito exibidor, visto que diversas salas de cinema correm o risco de fecharem as portas.
No entanto, para Kevin Feige, presidente da Marvel Studios, não há motivos para preocupação, graças ao streaming. Em entrevista ao Emmy Magazine, ele declarou que os lançamentos em plataformas online representam a “injeção de adrenalina” de que a equipe precisava para criar novos projetos de super-herói após o sucesso de Vingadores: Ultimato (2019). Ele visa especificamente as novas sérias da empresa, como WandaVision (2021) e Falcão e o Soldado Invernal (2021).
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“Streaming é o futuro 100%, é onde consumidores querem assistir às obras. Espero que eles queiram assistir às nossas séries”, afirma. “Uma experiência como WandaVision é algo que você não conseguiria fazer num filme. Você vai ao cinema para coisas que não encontra no streaming, e vai ao streaming para coisas que não encontra no cinema. Além disso, tudo que passa pelo cinema chega ao streaming mais cedo ou mais tarde”.
O tom de pouco apreço pela tela grande enquanto espaço privilegiado da experiência audiovisual soa preocupante. Os estúdios Marvel constituem parte da Disney, que têm lançado suas maiores produções do ano na plataforma Disney+, a exemplo de Mulan (2020) e Soul (2020). Em paralelo, outros estúdios como a Warner anunciaram lançamentos simultâneos nos cinemas e no streaming em 2021. O que será das salas de cinema a partir do próximo ano?
