Uma adaptação do best-seller O Último Trem de Hiroshima será o próximo filme do cineasta James Cameron. Quer dizer, isso não é bem verdade, pois o realizador norte-americano, primeiro, precisa acabar a série de filmes da saga Avatar – ou conseguir uma janela entre a produção dos próximos filmes protagonizados pelos Na’vi. Como os dois primeiros longas-metragens foram sucessos estrondosos de bilheteria, não dá para imaginar que Cameron iria deixar os demais nas mãos de outros cineastas. Ou será que vai? Se bem que os planos originais falam em sete filmes, aí fica difícil imaginar Cameron comandando todos. Ou seja, a novidade pode demorar muitos anos.
O Último Trem de Hiroshima será baseado no livro homônimo de Charles Pellegrino e também no mais recente trabalho do mesmo autor, Ghosts of Hiroshima. “É um assunto sobre o qual queria fazer um filme, sobre o qual tenho lutado para descobrir como fazer ao longo dos anos. Conheci Tsutomu Yamaguchi, sobrevivente de Hiroshima e Nagasaki, poucos dias antes de ele morrer. Tsutomu estava no hospital. Ele estava nos passando o bastão de sua história pessoal, então tenho que fazê-lo. Não posso me afastar disso”, disse o cineasta em entrevista ao Deadline.
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O ÚLTIMO TREM DE HIROSHIMA: O LIVRO
Eis a sinopse da editora de O Último Trem de Hiroshima;
“Baseado em depoimentos de sobreviventes das bombas atômicas! A verdadeira história de Hiroshima e Nagasaki. Charles Pellegrino não poupa detalhes para descrever as consequências de uma arma capaz de produzir uma temperatura mais alta que a do núcleo solar. Entre a desintegração imediata e a sobrevivência precária, carregada de sequelas de envenenamento, o autor dá voz aos habitantes que viveram o maior ataque com vítimas civis até aquele momento.
Não há como determinar um número preciso, mas há consenso que cerca de cem mil pessoas morreram devido às explosões – que até então só haviam sido testadas em locais desabitados. Experiente escritor e também cientista, Pellegrino enriquece seu relato com dados arqueológicos – alguns inéditos -, que aproximam o leitor ainda mais do terrível cenário em que se transformaram as duas cidades.
Os acontecimentos de agosto de 1945, quando as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki foram atingidas por bombas atômicas, em ofensiva ordenada pelos Estados Unidos, são minuciosamente revisitados, assim como os dias subsequentes. As histórias são, como não poderia deixar de ser, comoventes. Entre elas está a do grupo de 30 pessoas que tentou escapar de Hiroshima e chegou à Nagasaki de trem (citado no título), a tempo de presenciar a segunda explosão. Neste grupo esteve Tsutomu Yamaguchi (que morreu em janeiro de 2010, aos 93 anos) tido como a única pessoa que sobreviveu a duas bombas atômicas”.
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