18 maio

Depois de dois anos acontecendo apenas virtualmente por conta da pandemia da Covid-19, o Olhar de Cinema de Curitiba voltará a ter atividades presenciais em 2022. A 11ª edição do evento irá de 1º a 9 de junho e ocupará cinco espaços na capital paranaense, com a exibição de mais de 100 filmes de 40 países. No entanto, será mantida uma parcela da programação acontecendo também online, como explica Antonio Junior, coordenador-geral do Olhar de Cinema: “Embora este ano muitas das atividades do festival retomem o seu caráter presencial, acreditamos na potência do on-line para alcançar novos públicos e possibilitar a democratização de acesso”. A curadoria ressalta que muitos dos filmes refletem um mundo pós-pandêmico (embora o fim da pandemia não tenha sido oficialmente decretado), no qual surgem questões referentes a gênero e representatividade. A mostra Olhar Retrospectivo fará uma homenagem à cineasta norte-americana Su Friedrich, com a exibição de sete de seus filmes em solo curitibano.

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Além disso, o cineasta boliviano Kiro Russo será o homenageado da Mostra Foco, com a projeção de vários de seus filmes que transitam entre a ficção e o documentário. O filme que vai abrir o 11º Olhar de Cinema de Curitiba será Vai e Vem (2022), de Chica Barbosa e Fernanda Pessoa, e o encerramento será marcado pela exibição de Todo Mundo Já Foi Pra Marte (2022), do diretor Telmo Carvalho. O Papo de Cinema estará em Curitiba presencialmente, conferindo tudo de perto. Então já sabe, né? Olhar de Curitiba é no Papo de Cinema. Confira abaixo os filmes que estarão presentes em algumas das principais mostras do evento.

MOSTRA COMPETITIVA DE LONGAS-METRAGENS
A Censora (2021), de Peter Kerekes
Alan (2022), de Diego Lisboa, Daniel Lisboa
Uma Noite Sem Saber Nada (2021), de Payal Kapadia
A Ferrugem (2021), de Juan Sebastian Mesa
É Preciso Uma Aldeia (2022), de Adam Koloman Rubansky
Filme Particular (2022), de Janaína Nagata
Freda (2021), de Gessica Geneus
O Trio Em Mi Bemol (2022), de Rita Azevedo Gomes
Paterno (2021), de Marcelo Lordello

MOSTRA COMPETITIVA DE CURTAS-METRAGENS
Constante (2022), de Beny Wagner, Sasha Litvintseva
Holocausto Sagrado (2021), de Osi Wald, Noa Berman-Herzberg
Infantaria (2022), de Laís Santos Araújo
Invisíveis (2022), de Esteban Garcia Garzon
Madrugada (2021), de Leonor Noivo
Mal Di Mare (2021), de João Vieira Torres
Moune Ô (2022), de Maxime Jean-Baptiste
Xar: Sueño De Obsidiana (2022), de Edgar Calel, Fernando Pereira dos Santos

MOSTRA OLHARES BRASIL
Casa Vazia (2021), de Giovani Borba
Maputo Nakuzandza (2021), de Ariadne Zampaulo
Os Primeiros Soldados (2021), de Rodrigo de Oliveira
Seguindo Todos os Protocolos (2021), de Fábio Leal

MOSTRA NOVOS OLHARES
Devo Comparar-Te A Um Dia De Verão? (2022), de Mohammad Shawky Hassan
Grace Tomada Única (2021), de Lindiwe Matshikiza
Esta Casa (2022), de Miryam Charles
Jet Lag (2022), de Zheng Lu Xinyuan
Kafka Para Crianças (2022), de Roee Rosen
Pele Fina (2022), de Arthur Lins
Verão (2021), de Vadim Kostrov

MOSTRA OLHAR RETROSPECTIVO – SU FRIEDRICH E OUTRAS IMAGENS PARA O INVISÍVEL
Pelo Rio Abaixo (1981)
Os Laços que Unem (1984)
Para Sempre Condenadas (1987)
Nade Ou Afunde (1990)
Esconde-Esconde (1996)
As Chances De Regeneração (2002)
Não Posso Te Dizer Como Me Sinto (2016)

Todos os filmes de Friedrich foram fornecidos pela própria cineasta.
Também fazem parte da mostra os seguintes filmes de outras autorias

A Concha E O Clérigo (1928), de Germaine Dulac
At Land (1944), de Maya Deren
Beijos De Nitrato (1992), de Barbara Hammer
Ciclos (1989), de Zeinabu Irene Davis
Lições na Teoria Baby Dyke (1995), de Thirza Cuthand
Notícias de Casa (1977), de Chantal Akerman
Senhoritas Em Uniforme (1931), de Leontine Sagan
The Watermelon Woman (1996), de Cheryl Dunye

MOSTRA OLHARES CLÁSSICOS
De Certa Maneira (1977), de Sara Gómez
Lua de Papel (1973), de Peter Bogdanovich
Mandabi (1968), de Ousmane Sembene
Nanook do Norte (1922), de Robert Flaherty
Opinião Pública (1965), de Arnaldo Jabor
Viramundo (1965), de Geraldo Sarno

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Marcelo Müller

Jornalista, professor e crítico de cinema membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema,). Ministrou cursos na Escola de Cinema Darcy Ribeiro/RJ, na Academia Internacional de Cinema/RJ e em diversas unidades Sesc/RJ. Participou como autor dos livros "100 Melhores Filmes Brasileiros" (2016), "Documentários Brasileiros – 100 filmes Essenciais" (2017), "Animação Brasileira – 100 Filmes Essenciais" (2018) e “Cinema Fantástico Brasileiro: 100 Filmes Essenciais” (2024). Editor do Papo de Cinema.
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