Durante uma visita a Paris, na França, para divulgar seu mais novo filme, Nuclear Now, um documentário de defesa da energia nuclear, o cineasta norte-americano Oliver Stone anunciou que finalizou o seu documentário sobre o presidente do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva. O filme mostrará da prisão do político em 2018 até o retorno de Lula ao cargo máximo do Executivo brasileiro, em 2023, depois de uma disputa eleitoral ferrenha com o então candidato à reeleição Jair Bolsonaro. “Trata-se de um filme sobre perseguição judicial. Sobre o que aconteceu quando ele (Lula) havia sido um presidente de sucesso, e, então, foi preso por corrupção, que é como geralmente as coisas são feitas nesses países (…) o conceito de perseguição judicial se expandiu por todo o mundo e tem sido usado para fins políticos, como arma. Mas todo mundo é corrupto. A Rússia funciona à base de corrupção, assim como a Turquia, os Estados Unidos”, disse Stone em entrevista à AFP.
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Vale lembrar que Oliver Stone fez outros filmes sobre líderes latino-americanos nos últimos anos. Em Comandante (2003), contou a história de Fidel Castro, líder cubano que ele publicamente admira e ao qual dedicou outros dois documentários, em 2004 e 2012. Já em 2014, Stone lançou Mi amigo Hugo, produzido pela emissora oficial venezuelana Telesur, em defesa do regime de Hugo Chávez. Questionado sobre esse interesse pelos líderes latino-americanos politicamente à esquerda, o cineasta disse: “Eles são humanistas. São autênticos e estão fazendo o melhor que podem pelos seus países”. Stone completou sobre o caso do presidente brasileiro: ”Colocaram Lula na cadeia, ele foi libertado e ganhou a porra das eleições. (…) é uma história boa, mas as pessoas não a conhecem, exceto no Brasil”.
Depois de fazer uma série de entrevistas com o presidente russo Vladimir Putin, Stone chegou a ser acusado de conspiracionista nos Estados Unidos por alguns setores da cidade civil. Questionado também sou isso, ele disse de forma bem-humorada e rindo: “que se foda”.
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