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Faleceu no último sábado, 25 de agosto, uma das últimas grandes estrelas da Era de Ouro de Hollywod. Olivia Mary de Havilland (1916-2020) tinha 104 anos e morava atualmente em Paris. Nascida em Tóquio, Japão, em 01º de julho de 1916, era irmã da também atriz Joan Fontaine (1917-2013). Ambas foram premiadas com o Oscar: Olivia em duas ocasiões, por Só Resta Uma Lágrima (1946) e Tarde Demais (1949), e Joan por Suspeita (1941). No entanto, nunca tiveram um bom relacionamento, e romperam relações em 1975.

Olivia começou a estudar Teatro ainda na escola, e após aparecer em uma montagem de Sonho de uma noite de verão, foi chamada para reprisar o papel, agora nas telas. E assim ela estreava no cinema. Naquele ano de 1935, apareceria em outras três produções, uma delas o sucesso Capitão Blood, que seria o primeiro dos oito filmes que faria ao lado de um dos seus maiores parceiros artísticos, o astro Errol Flynn. Foi no ano seguinte, no entanto, que apareceria no filme que ficaria para sempre marcado na sua trajetória: E O Vento Levou (1939). No papel da doce Melanie, recebeu sua primeira indicação ao Oscar, como coadjuvante. Ao todo, recebeu cinco indicações ao Oscar, além de três ao Globo de Ouro (ganhou duas vezes), uma ao Emmy e, pelo filme Na Cova da Serpente (1948), foi premiada no Festival de Veneza e no National Board of Review.

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Olivia de Havilland em Paris, 18 de junho, 2016, às vésperas de completar 100 anos

Olivia De Havilland atuou pela última vez no telefilme A Mulher Que Ele Amou (1988). Casou-se duas vezes, com o escritor Marcus Goodrich, entre 1946 e 1953, e com o jornalista Pierre Galante, entre 1955 e 1979. Ela teve um filho com cada um dos seus maridos: o menino Benjamin (1949-1991), com o primeiro, e a menina Gisele, nascida em 1956. Em 2008, aos 92 anos, recebeu a Medalha Nacional das Artes, a que lhe foi entregue pelo então presidente norte-americano, George W. Bush. Dois anos depois, recebeu do presidente francês, Nicolas Sarkozy, a mais alta condecoração da França, a Legião da Honra. Em 18 de junho de 2017, foi anunciada como uma das homenageadas da Rainha Elizabeth II, que a agraciou com a Excelentíssima Ordem do Império Britânico, condecorando-a com o título de Dama do Império Britânico, No mesmo mês, entrou com uma ação judicial contra a série Feud (2017), pelo uso indevido da sua imagem, invasão de privacidade, enriquecimento ilícito e danos morais. No programa, era interpretada por Catherine Zeta-Jones, e a trama retratava a rivalidade entre as estrelas Bette Davis e Joan Crawford.

Olivia de Havilland faleceu em sua casa, na França, onde morava há mais de 40 anos. Estava acompanhada da filha, Gisele. Ao longo de sua carreira foram mais de 60 filmes e séries, além de dezenas de prêmios e indicações por seus trabalhos.

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é crítico de cinema, presidente da ACCIRS - Associação de Críticos de Cinema do Rio Grande do Sul (gestão 2016-2018), e membro fundador da ABRACCINE - Associação Brasileira de Críticos de Cinema. Já atuou na televisão, jornal, rádio, revista e internet. Participou como autor dos livros Contos da Oficina 34 (2005) e 100 Melhores Filmes Brasileiros (2016). Criador e editor-chefe do portal Papo de Cinema.
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