O obscurantismo poderia, ao menos, ser um pouco menos “tapado”, não é mesmo? O novo capítulo da sanha cega de alguns por perseguição a tudo que divirja ideológica ou religiosamente de si é escrito pela organização cristã Return to Order. Ela reuniu mais de 20 mil assinaturas a fim de pedir à Netflix o cancelamento da série Good Omens (2019-), baseada no livro homônimo de Neil Gaiman e Terry Pratchett (no Brasil lançado como Belas Maldições). O que a entidade não entendeu é que: 1) Good Omens conclui a trama do livro, ou seja, é naturalmente improvável que exista uma segunda temporada. 2) o programa é produzido pela Amazon (em parceria com a BBC), ou seja, por uma concorrente da Netflix. Santa ignorância, Batman.
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O autor Neil Gaiman, responsável também pela adaptação do material original às telinhas, fez graça do manifesto: “Amei que eles escreverão à Netflix para que Good Omens seja cancelado. Isso diz tudo, na verdade”, escreveu o autor na sua conta do Twitter. Também na rede social, a Amazon brincou com a situação: “Ei, Netflix, cancelo Stranger Things se você cancelar Good Omens“.
A petição diz que a série é “um novo passo para fazer o satanismo parecer normal, leve e aceitável, isso além de ofender a sabedoria de Deus”. Em Good Omens, o anjo Aziraphale (Michael Sheen) é o melhor amigo do demônio Crawley (David Tennant). Eles juntam forças para impedir a ascensão do Anticristo e o consequente Armageddon. Eles certamente “fariam chover” com essa piada pronta escrita pela ignorância da Return to Order.
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