20200212 david fincher papo cinema

Imagine a situação: todos elogiam seu trabalho ao ponto de, nas premiações de fim de ano, você surgir como franco favorito. A cada nova cerimônia lá está de novo ao palco, tendo que discursar algo além dos agradecimentos protocolares à família e equipe de produção. O que fazer, então, para não se tornar repetitivo? Se você for Brad Pitt, recorre aos bons e velhos companheiros em busca de dicas sobre o que dizer.

Foi justamente esta a revelação feita nos bastidores do Oscar pelo mais novo contemplado na categoria de melhor ator coadjuvante, graças ao seu desempenho em Era uma Vez em… Hollywood (2019). Conhecido pelas piadas em seus discursos, Pitt revelou que pediu consultoria a ninguém menos que o diretor David Fincher, com quem trabalhou em Seven (1995), Clube da Luta (1999) e O Curioso Caso de Benjamin Button (2008). Sim, é isso mesmo, Fincher também sabe fazer rir.

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Tal tarefa coube também a outros dois amigos de longa data do ator, o comediante Jim Jefferies e o roteirista Bob Oschack. Com a ajuda do trio, Pitt divertiu cinéfilos mundo afora com brincadeiras em torno do Brexit, na cerimônia do BAFTA – “Hey Britain, heard you just became single – welcome to the club” (traduzindo, “Ei, Bretanha, ouvi dizer que você acaba de ficar solteira – bem-vindo ao clube”) – e até mesmo ao colega de filme e premiações Leonardo DiCaprio, no Globo de Ouro – “I would’ve shared the raft” (traduzindo, “Eu teria dividido a ‘porta'”), se referindo ao icônico (e contestado) desfecho de Titanic (1997).

Vale lembrar que Brad Pitt fez a festa nas premiações deste ano e levou para casa as estatuetas de melhor ator coadjuvante no Oscar, no Globo de Ouro, no BAFTA e no SAG Awards. Confira abaixo o discurso do ator ao receber o prêmio deste último domingo, concedido pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas.

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Jornalista e crítico de cinema. Fundador e editor-chefe do AdoroCinema por 19 anos, integrante da Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema) e ACCRJ (Associação de Críticos de Cinema do Rio de Janeiro), autor de textos nos livros "100 Melhores Filmes Brasileiros", "Documentário Brasileiro - 100 Filmes Essenciais", "Animação Brasileira - 100 Filmes Essenciais" e "Curta Brasileiro - 100 Filmes Essenciais". Situado em Lisboa, é editor em Portugal do Papo de Cinema.
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