Há alguns anos, especialmente após a campanha #OscarSoWhite, em 2016, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas vem afirmando que está de olhos bem abertos para questão da diversidade, uma das pautas mais importantes da contemporaneidade, inclusive quando o assunto é a representação audiovisual. Todavia, a lista dos indicados ao Oscar 2020 deixou muito a desejar nesse quesito. Para saber um pouco mais sobre a questão, basta consultar o nosso artigo sobre as surpresas e os esnobados da festividade. Pois bem, aparentemente indo na contramão dessa reivindicação para lá de urgente e genuína, o escritor Stephen King utilizou sua conta no twitter para relativizar a importância da diversidade, dizendo que a qualidade tem bem mais valor no âmbito artístico.
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“Como escritor, posso ser indicado ao Oscar em apenas três categorias: Melhor Filme, Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Roteiro Original. Para mim, o problema da diversidade – da forma que se aplica aos atores e diretores individualmente – não está posto neste ano. Dito isso, nunca consideraria a diversidade quando o assunto é arte. Somente a qualidade. Para mim, fazer o contrário é errado”, escreveu o autor de diversos best-sellers. Além de várias manifestações de repúdio oriunda de fãs, alguns colegas questionaram King. Angie Thomas, autora de O Ódio que Você Semeia (base do filme homônimo), questionou: “E quem dita o que possuiu qualidade?”. Já a escritora brasileira Bel Rodrigues, em resposta, também se mostrou contrariada: “É fácil considerar apenas a qualidade quando você consegue se ver em todas as formas de arte existentes”.