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Desde a explosão do #OscarSoWhite, no qual nenhum ator ou atriz negro foi indicado por dois anos consecutivos, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas tem tentado promover a igualdade através do convite a novos membros, de forma a também formar um eleitorado mais internacional – não por acaso, após tais medidas Parasita (2019) ganhou o Oscar de melhor filme.

Neste ano, a Academia convidou 819 artistas a integrarem seu seleto grupo, sendo que seis deles são brasileiros: os diretores Otto Guerra (A Cidade dos Piratas, 2019), Vincent Carelli (Martírio, 2016) e Julia Bacha (Budrus, 2009), a montadora Cristina Amaral (Serras da Desordem, 2006) e os produtores Tiago Pavan e Mariana Oliva, ambos por Democracia em Vertigem (2019).

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O diretor Vincent Carelli, um dos novos votantes do Oscar

 

Ao todo, 49% dos convidados pela Academia não são americanos, 45% são mulheres e 36% não são brancos. Entre os novatos estão os atores Awkwafina (A Despedida, 2019), Yalitza Aparicio (Roma, 2018), Ana de Armas (Entre Facas e Segredos, 2019), Adèle Haenel (Retrato de uma Jovem em Chamas, 2019), Udo Kier (Bacurau, 2019), Ben Mendelsohn (Jogador Nº 1, 2018), John David Washington (Infiltrado na Klan, 2018), Olivia Wilde (O Caso Richard Jewell, 2019) e todo o elenco de Parasita. Entre os diretores, os destaques ficam por conta de Robert Eggers (O Farol, 2019), Ari Aster (Midsommar, 2019), Ladj Ly (Os Miseráveis, 2019), Samira Makhmalbaf (O Quadro Negro, 2000), Matt Reeves (Cloverfield, 2008) e Andrés Wood (Machuca, 2004).

Apesar do número expressivo, a quantidade de convidados neste ano foi inferior à dos anos anteriores. Em 2018 foi obtido o recorde na história da premiação, com a entrada de 928 novos votantes. No ano seguinte, foram convidados mais 842. De toda forma, os últimos três anos equivalem à maior transformação no grupo de eleitores na história da Academia.

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Bong Joon Ho e seus quatro Oscar ganhos por “Parasita”

 

Vale lembrar que, devido à pandemia de COVID-19, o Oscar 2021 foi adiado e apenas acontecerá em 25 de abril, oito semanas após a data inicialmente prevista.

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Jornalista e crítico de cinema. Fundador e editor-chefe do AdoroCinema por 19 anos, integrante da Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema) e ACCRJ (Associação de Críticos de Cinema do Rio de Janeiro), autor de textos nos livros "100 Melhores Filmes Brasileiros", "Documentário Brasileiro - 100 Filmes Essenciais", "Animação Brasileira - 100 Filmes Essenciais" e "Curta Brasileiro - 100 Filmes Essenciais". Situado em Lisboa, é editor em Portugal do Papo de Cinema.
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