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Não é de hoje que a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, entidade responsável, entre outras coisas, pela entrega do Oscar há quase 100 anos, tenta estratégias para evitar a queda anual de audiência de sua maior festa. Insistindo nisso, em 2022 a entidade vai testar uma interação maior com o público ao permitir que ele escolha seu melhor filme via Twitter. Mas, um comunicado enviado aos membros da Academia recentemente tem levantado algumas questões e provocado revolta na indústria de Hollywood. Isso porque, segundo esse comunicado, os resultados de oito categorias não serão divulgados ao vivo, mas gravados previamente e transmitidos em VT durante algum momento da festa. De acordo com o documento, a intenção é diminuir o tempo total da cerimônia e, também, dar mais espaço a números de entretenimento que possam servir para engajar melhor o público.

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As categorias afetadas são: Documentário de curta-metragem, Montagem, Maquiagem e Cabelo, Trilha Sonora, Design de Produção, Curta de Animação, Curta-metragem live-action e Som. Claro que a atitude controversa gerou respostas, sobretudo por parte dos integrantes das categorias afetadas e seus respectivos sindicatos de classe – lembrando que em Hollywood os sindicatos dos profissionais da indústria do entretenimento são bem influentes. Mas, David Rubin, presidente da Academia, justificou a decisão como algo prático: “Ao decidir o modo de produzir o Oscar, precisamos reconhecer que a festa é um programa de televisão ao vivo. Devemos priorizar o público para aumentar o envolvimento do espectador e manter o programa relevante, interessante e dinâmico. A decisão resulta de uma discussão que vem de algum tempo. Fazemos isso enquanto também lembramos a importância de que nossos indicados desfrutem de uma experiência única na vida”. E aí, o que você acha de tudo isso?

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Jornalista, professor e crítico de cinema membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema,). Ministrou cursos na Escola de Cinema Darcy Ribeiro/RJ, na Academia Internacional de Cinema/RJ e em diversas unidades Sesc/RJ. Participou como autor dos livros "100 Melhores Filmes Brasileiros" (2016), "Documentários Brasileiros – 100 filmes Essenciais" (2017), "Animação Brasileira – 100 Filmes Essenciais" (2018) e “Cinema Fantástico Brasileiro: 100 Filmes Essenciais” (2024). Editor do Papo de Cinema.

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