Na manhã de sexta-feira, 15 de outubro, a Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais escolheu o representante do Brasil na disputa pelo Oscar de melhor filme internacional em 2022: Deserto Particular (2021), dirigido por Aly Muritiba. A trama gira em torno de um policial (Antônio Saboia) afastado de suas funções após cometer um erro que coloca sua carreira em risco. Ele mantém um relacionamento virtual com Sara, que nunca conheceu pessoalmente, e decide partir para o sertão da Bahia quando ela desaparece.
O drama superou outros concorrentes de peso, como 7 Prisioneiros (2021), da Netflix, estrelado por Christian Malheiros e Rodrigo Santoro; Medida Provisória (2021), dirigido por Lázaro Ramos, e Meu Nome É Bagdá (2020), premiado no Festival de Berlim. O comitê de seleção foi formado por Leonardo Edde, Allan Deberton, Andrea Barata Ribeiro, Bárbara Paz, Belisario Franca, Cacá Diegues, Felipe Lacerda, Gisélia Martins, Luiz Zanin, Paula Barreto e Virginia Cavendish.
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Deserto Particular tem boas credenciais para disputar o prêmio em nome do cinema brasileiro. Ele venceu o prêmio do público da Mostra Venice Days, do Festival de Veneza 2021. Além disso, é estrelado por Antônio Saboia, que ganhou atenção internacionalmente desde o trabalho em Bacurau (2019), de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles. A temática de um road movie através do Brasil, de Curitiba à Bahia, também pode despertar interesse dos votantes internacionais.
O filme brasileiro terá forte competição rumo ao prêmio inédito. A França anunciou a seleção de Titane (2021), filme vencedor do Festival de Cannes, para a disputa, enquanto a Finlândia selecionou Compartment nº6 (2021), que venceu o segundo maior prêmio em Cannes. Já a Áustria será representada por Great Freedom (2021), drama LGBTQIA+ exibido na mostra Um Certo Olhar de Cannes.
