O Oscar 2025 poderia ter mais diversidade na sua lista de indicados. Há alguns anos perseguindo maior representatividade, o principal prêmio da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood vem esbarrando constantemente em dificuldades para alcançar resultados mais efetivos nesse sentido. E antes que algum engraçadinho venha falar de “lacre” ou de algo semelhante, basta a gente trazer um dado aterrador: nos 97 anos do Oscar, somente 10 vezes uma mulher foi indicada ao Oscar de Melhor Direção (uma delas foi duas vezes). Bora calcular? 97 X 5 (número de indicados por ano) dão um total de 485 indicações, sendo APENAS 10 de mulheres. Tem algo errado aí.
No Oscar 2025, Coralie Fargeat é a única num clube que anualmente vai se mantendo como “do Bolinha”. Responsável pelo corajoso A Substância (2024), ela certamente ficou feliz pelo reconhecimento, mas será que tem reais chances de vitória? Vamos dar uma ponderada.
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Coralie Fargeat não está entre os favoritos para o Oscar de Melhor Direção. Recentemente, publicamos um artigo com as nossas apostas na categoria, e nele foi apontado que o principal concorrente da temporada é Sean Baker, por Anora. A diretora de A Substância nem foi indicada ao DGA Awards 2025, assim não figurando sequer na lista do prêmio do Sindicato de Diretores de Hollywood. Embora também esteja indicada na categoria Melhor Roteiro Original, não parece que esse duplo reconhecimento vai ajudá-la a triunfar.
É uma pena, pois o trabalho de Coralie Fargeat é digno de reconhecimento.
O Oscar 2025 é um reflexo da história da premiação. Você sabia que a primeira mulher indicada a Melhor Direção foi a italiana Lina Wertmüller, somente na 49ª edição do Oscar? Portanto, Coralie Fargeat certamente tem o que comemorar, mas há ainda muito caminho a ser percorrido em busca de equidade. Outra coisa que é importante pontar: somente três mulheres ganharam a estatueta. A primeira foi Kathryn Bigelow, na 82ª edição da premiação (em 2010) por Guerra ao Terror. Já a segunda e a terceira vieram na sequência: Chloé Zhao, em 2021, por Nomadland (2020), e Jane Campion, em 2022, por Ataque dos Cães (2021).
Em 2023 nenhuma mulher foi indicada a Melhor Direção e em 2024 apenas Justine Triet, por Anatomia de uma Queda (2023) – praticamente sem chances, assim como Coralie Fargeat neste ano. Em quase 100 anos, o Oscar nunca atribuiu a estatueta de Melhor Direção a um cineasta negro, foi duas ocasiões para asiáticos (Ang Lee duas vezes e Bong Joon-Ho uma vez) e teve cinco vitórias de latinos (Alfonso Cuarón com 2, Alejandro González Iñárritu com 2 e Guillermo del Toro com 1).
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