Enfim, após inúmeras indicações, o Brasil tem um Oscar para chamar de seu! No último domingo, 02, o audiovisual nacional fez história com o triunfo de Ainda Estou Aqui, de Walter Salles, que recebeu a estatueta de Melhor Filme Internacional da Academia. Em clima de Copa do Mundo, os brasileiros que deram show de engajamento, vibraram com a conquista inédita.
Mas e agora, após esse fenômeno, podemos sonhar com o bi em 2026? A seguir, vamos tratar sobre projetos nacionais que, até esse início de 2025, podem deixar a a gente sonhar. Siga o fio e fique por dentro!
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O título de principal destaque do cinema nacional até o momento está com O Último Azul, filme de Gabriel Mascaro, mesmo diretor de Boi Neon (2015). Em fevereiro, o projeto, que mistura aventura, drama, fantasia e ficção científica, saiu como nada menos que três troféus do Festival de Berlim, um dos mais conceituados do circuito. Foram eles: Troféu Berliner Morgenpost Readers, Troféu do Júri Ecumênico e Urso de Prata (Grande Prêmio do Júri).
A trama, com Denise Weinberg e Rodrigo Santoro, é ambientada na Amazônia, em um Brasil distópico, onde o governo transfere idosos para uma colônia habitacional em que vão “desfrutar” seus últimos anos de vida. Antes de seu exílio compulsório, Tereza (Denise), uma mulher de 77 anos, embarca em uma jornada para realizar seu último desejo. O Último Azul tem previsão para chegar aos cinemas brasileiros ainda em 2025, com distribuição da Vitrine Filmes.
Também premiado em Berlim, com uma menção especial (Urso de Cristal) na Generation 14plus, Hora do Recreio, de Lucia Murat, é outro projeto que tem potencial de Oscar. O documentário busca discutir a educação a partir da ótica de adolescentes que vivem em zonas periféricas.
Anna Muylaert, que já teve filme seu tanoando vaga no Oscar (Que Horas Ela Volta?, 2015), chega bem em 2025 com A Melhor Mãe do Mundo. O filme acompanha a história de Gal, interpretada por Shirley Cruz, uma catadora de materiais recicláveis que, a fim de escapar da violência do marido Leandro, vivido por Seu Jorge, coloca seus filhos pequenos em sua carroça e atravessa a cidade de São Paulo. Será que dessa vez ela emplaca uma indicação?
Outro projeto que tem potencial para chegar ao Oscar 2026 é O Agente Secreto, estrelado por ninguém menos que Wagner Moura. A aposta, que também conta com Udo Kier, Gabriel Leone, Maria Fernanda Cândido, Hermila Guedes, Alice Carvalho, Isabél Zuaa e Thomás Aquino no elenco, se passa na década de 1970. Na trama, Marcelo, um professor especialista em tecnologia e que está na casa dos 40 anos, foge de um passado misterioso e decide voltar ao Recife em busca de um pouco de paz, mas percebe que a cidade está longe de ser o refúgio que procura.
O Agente Secreto é dirigido por Kleber Mendonça Filho, mesmo diretor de filmes elogiados como O Som ao Redor (2012), Aquarius (2016) e Bacurau (2019). O projeto de 2016, inclusive, vale um capítulo à parte. Aquarius foi amplamente aclamado no exterior, especialmente após sua exibição no Festival de Cannes, onde gerou repercussão também política.
No festival, o elenco e a produção do filme fizeram protestos públicos contra o impeachment de Dilma Rousseff. Esse gesto gerou onda de apoio internacional, mas também gerou divisões internas no Brasil. O fato gerou antipatia do governo vigente. Alinhada à direita, a gestão optou por Pequeno Segredo como representante brasileiro no Oscar 2017. Considerado favorito à indicação da Academia, Aquarius foi boicotado pelo Ministério da Cultura da gestão do ex-presidente Michel Temer e, para muito especialistas, o Brasil perdeu uma de suas maiores chances de vencer o primeiro Oscar.
Respeitado internacionalmente por seu trabalho como realizador, Karim Aïnouz lançará Rosebush Pruning em 2025. E mesmo a obra não sendo brasileira, e sim coprodução Alemanha, Itália, Espanha, Reino Unido e EUA, o projeto pode dar ao brasileiro o Oscar de Melhor Direção, trazendo, inevitavelmente, a estatueta para o Brasil.
E o time de artistas que compõe a nova aposta de Karim certamente trará grandes holofotes. As estrelas de Rosebush Pruning serão: Elle Fanning, Riley Keough, Pamela Anderson, Jamie Bell, Callum Turner, Elena Anaya, Lukas Gage e Tracy Letts. Escrito por Efthimis Filippou, Rosebush Pruning é um remake do drama italiano De Punhos Cerrados (1965), de Marco Bellocchio.
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