Nós ainda nem nos recuperamos do Oscar 2025 – que consagrou o brasileiro Ainda Estou Aqui como Melhor Filme Internacional – e já é tempo de discutir a edição 2026 do prêmio mais famoso do cinema mundial. Isso porque a Academia anunciou novas regras que afetarão a votação de seus membros para o próximo ano. Novas categorias? Obrigatoriedade de assistir aos filmes indicados? Siga o fio e saiba mais sobre as novidades!
OSCAR: VOTAR SEM ASSISTIR? NÃO MAIS!
A partir da edição de 2026, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas implementará uma regra que exige que seus membros assistam a todos os filmes indicados em uma categoria antes de votar nela. Essa medida visa garantir uma votação mais informada e justa, respondendo a críticas anteriores sobre membros que votavam sem ter visto todos os concorrentes.
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O cumprimento da regra será monitorado por meio de uma plataforma exclusiva de streaming da Academia, o Academy Screening Room, e os membros que assistirem aos filmes por outros meios deverão preencher um formulário especificando onde e quando visualizaram as obras.
MAS SERÁ MESMO?
Uma questão vem a reboque: será que não dá pra burlar isso? Certamente haverá quem tente, afinal, é difícil fiscalizar rigorosamente milhares de membros espalhados pelo mundo. Ainda assim, a iniciativa da Academia funciona como um empecilho simbólico e prático. É um passo importante para valorizar o trabalho de todos os indicados e minimizar votos baseados em reputação ou favoritismo.
OSCAR: NOVAS CATEGORIAS
MELHOR ELENCO
Outra novidade é a introdução da categoria de Melhor Elenco (Achievement in Casting), que reconhecerá o trabalho dos diretores de elenco responsáveis por selecionar os atores de um filme. Essa é a primeira nova categoria adicionada ao Oscar desde 2001, quando foi criada a de Melhor Longa de Animação. As regras de elegibilidade para essa nova categoria serão divulgadas em abril de 2025.
MAS QUEM FICA COM A ESTATUETA?
Vale ressaltar que a nova categoria de Melhor Elenco no Oscar não deve ser confundida com o prêmio homônimo do SAG Awards, tradicionalmente considerado um termômetro da temporada. Enquanto no SAG os atores do elenco vencedor recebem estatuetas individuais, no Oscar o reconhecimento será direcionado exclusivamente ao diretor ou diretora de elenco responsável pela seleção dos intérpretes. Ou seja, os atores não subirão ao palco para receber o troféu.
MELHOR DESIGN DE DUBLÊS
A Academia também anunciou a introdução da categoria de Melhor Design de Dublês (Best Stunt Design), prevista para a 100ª edição do Oscar, em 2028. Essa mudança atende a uma demanda antiga da indústria cinematográfica por reconhecimento do trabalho dos dublês e coordenadores de cenas de ação. Detalhes sobre os critérios de elegibilidade e votação serão divulgados em breve.
OSCAR: FILME INTERNACIONAL
Além dessas alterações, a Academia também anunciou que filmes realizados por cineastas refugiados ou solicitantes de asilo poderão ser considerados na categoria de Melhor Filme Internacional, desde que “tenham controle criativo sobre a obra”. O caso de A Semente do Fruto Sagrado é um exemplo emblemático que ilustra a relevância da nova regra. Dirigido por Mohammad Rasoulof, o projeto foi rodado secretamente no Irã enquanto o cineasta estava sob prisão domiciliar, devido à sua oposição ao regime iraniano.
Após ser condenado a oito anos de prisão, Rasoulof fugiu para a Alemanha, onde o filme foi finalizado e inscrito para representar o país no Oscar 2025. Apesar de ser uma produção iraniana, o Irã jamais permitiria que uma obra crítica ao regime o representasse na premiação.
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OSCAR: INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL
Quanto ao uso de inteligência artificial, a Academia esclareceu que “seu uso não beneficiará nem prejudicará uma produção, a menos que substitua significativamente a contribuição criativa humana”. Essa decisão surge após debates sobre o papel da IA em filmes recentes, como O Brutalista, onde a tecnologia foi usada para aprimorar o sotaque do ator Adrien Brody, e Emilia Pérez, que empregou clonagem de voz para melhorar o desempenho musical de sua protagonista. Apesar das controvérsias, ambos os filmes receberam reconhecimento da Academia
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