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Estrelado por Marcélia Cartaxo e filmado na cidade de Russas (CE), Pacarrete, de Allan Deberton, estreia em circuito nacional no dia 30 de abril. O filme, inspirado numa história real, teve sua estreia no Festival de Cinema de Gramado, de onde saiu com os kikitos de Melhor Filme, Melhor Filme pelo Júri Popular, Direção, Atriz, Roteiro, Ator Coadjuvante, Atriz Coadjuvante e Desenho Sonoro. Desde então, já coleciona mais de vinte prêmios em festivais no Brasil e no exterior.

Estreia de Deberton na direção, o longa aborda questões como a loucura, a permanência do sonho e o drama da velhice. O filme é inspirado na conterrânea do diretor e demorou 10 anos para ser realizado. “Quando eu soube que na verdade Pacarrete era bailarina, e que faleceu, com mais de 90 anos, querendo fazer arte no interior, em Russas, isso me tocou bastante”, completa o diretor.

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Para viver essa mulher que fez da aspiração de ser uma bailarina clássica o objetivo de sua vida, Deberton convidou a premiada atriz paraibana Marcélia Cartaxo, sua amiga e colaboradora. “O Allan teve muita segurança de me convidar”, diz a atriz, “até mesmo porque não sou bailarina e nem tenho esse ouvido da personagem para música. A Pacarrete é muito culta: toca piano, fala francês e tem um corpo que fala todo o tempo. Foi um grande desafio de resistência e enfrentamento e fiquei muito feliz porque isso me mostrou que, se eu me esforçar bastante, consigo chegar bem longe”. Para viver a personagem, Marcélia teve aulas de voz e canto, aprendeu francês e fez aulas de ballet, com a supervisão do coreógrafo Fauller e da bailarina cearense Wilemara Barros.

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Allan Deberton (ao fundo) dirige Marcélia Cartaxo (de costas) em cena de Pacarrete

Pacarrete é um filme que tem conquistado público e crítica nos festivais por onde passou e fico muito emocionado com isso, pois tudo que essa bailaria queria, em vida, era ser reconhecida. Estamos falando sobre ir atrás dos desejos, persistir, encarar o mundo de peito aberto, enfrentá-lo. É um filme sobre amor à arte e amor ao próximo. Deve ser visto na tela grande, em companhia de outras pessoas, como num teatro”, finaliza o diretor.

(Com informações da Sinny Assessoria de Imprensa)

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é crítico de cinema, presidente da ACCIRS - Associação de Críticos de Cinema do Rio Grande do Sul (gestão 2016-2018), e membro fundador da ABRACCINE - Associação Brasileira de Críticos de Cinema. Já atuou na televisão, jornal, rádio, revista e internet. Participou como autor dos livros Contos da Oficina 34 (2005) e 100 Melhores Filmes Brasileiros (2016). Criador e editor-chefe do portal Papo de Cinema.
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