Pajubá, documentário que pretende dar visibilidade às contribuições sociais de pessoas transexuais no Brasil, começou a ser filmado recentemente na cidade de São Paulo. De cara, trata-se de uma iniciativa que tende a sublinhar a coragem de uma comunidade residente no país que, estatisticamente, mais mata transexuais no mundo. Com produção assinada pela Gautiverse em coprodução com a Arruda Filmes e desenvolvimento criativo pela Yume Craft Studio, a novidade é, de acordo com a própria produtora, “o primeiro longa brasileiro filmado, editado e distribuído por uma equipe totalmente de pessoas trans”. A direção fica por conta da carioca Gautier Lee.
Pajubá conta com personalidades transmasculinas, transfemininas e travestis, de diversas áreas sociais, com o intuito de representar a pluralidade de ser uma pessoa da comunidade T e as vivências diversas desse grupo no Brasil. Estão previstas também filmagens no Rio Grande do Sul.
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PAJUBÁ: DE ONDE VEIO A IDEIA?
“Eu me lembro de estar desempregada, com fome, e quase literalmente desistindo do sonho de trabalhar com audiovisual. Lembro de assistir a um programa na televisão chamado Falas da Terra, e na mesma hora a ficha cair na minha cabeça: é isso! Aquela produção me mostrou que era possível de forma prática, honesta e bonita falar dos lados do Brasil que o Brasil mata mas finge que não vê”, conta a roteirista Hela Santana, que teve a ideia do filme em plena pandemia da COVID-19.
Pajubá contará com com personalidades como Neon Cunha, Érika Hilton, Fayola da House of Kaliça, Keila Simpson, Dayo Nascimento, Amara Moira, Kyem Ferreiro, Fefa Lins, entre outras, assim transitando por diversas esferas da sociedade.
PAJUBÁ: FALA, DIRETORA
“Pajubá representa a pluralidade do nosso país e a gente está tentando traduzir isso dentro do nosso recorte de vivências, pessoas e cultura trans. Queremos realmente mostrar que existe cultura e existe história trans em todas as partes desse país (…) A gente quer acima de tudo celebrar que temos pessoas negras, brancas, indígenas, que são políticas, que são chefes de cozinha, que são influencers, que são dançarines, que são educadores, que são autores, que são tudo isso”, diz a diretora.
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