O cinema brasileiro tem marcado presença no Festival de Cannes com diversos filmes nos últimos anos, sendo premiado com Linha de Passe (2008) e Cinema Novo (2016), por exemplo. No entanto, nossa cinematografia foi recompensada uma única vez com a Palma de Ouro, o prêmio máximo do evento, por O Pagador de Promessas (1962), de Anselmo Duarte.
Desde o falecimento do cineasta, em 2009, o prêmio se encontrava preso no interior de um cofre com senha desconhecida na Prefeitura de Salto, sua cidade natal. O filho Anselmo Duarte Jr. acompanhou remotamente o processo para arrombar o cofre e recuperar o prêmio, além de documentos e cheques. Ele afirmou ao G1: “Todo mundo muito apreensivo. Lá fechado e ninguém sabia o que tinha acontecido. Foi um alívio no final”.
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O Pagador de Promessas traz a história de Zé do Burro (Leonardo Villar), que faz uma promessa num terreiro de candomblé pela recuperação de seu burro Nicolau. Quando o animal se encontra em boa saúde, o homem decide carregar uma cruz até o padre da Igreja Santa Bárbara, em Salvador. No entanto, a sociedade não enxerga o gesto com bons olhos.
Anselmo Duarte teve carreira mais extensa como ator do que diretor. Distante do grupo do Cinema Novo composto por nomes como Ruy Guerra, Glauber Rocha e Joaquim Pedro de Andrade, fez apenas seis longas-metragens depois do sucesso conquistado em Cannes, incluindo Vereda de Salvação (1965), O Descarte (1973) e O Trombadinha (1980), estrelado por Pelé.
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