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Pecadores (2025) vem colhendo elogios e tendo ótimo resultado nas bilheterias desde que chegou aos cinemas. Até o fechamento desta matéria, o filme de Ryan Coogler arrecadou quase US$ 80 milhões, isso com menos de uma semana em cartaz. Na trama, dispostos a deixar suas vidas conturbadas para trás, dois irmãos gêmeos retornam à cidade natal para recomeçar suas vidas do zero, mas descobrem que um mal ainda maior está à espera deles. Durante a montagem de um bar de blues, eles recrutam o primo talentoso que é filho do pastor local.

Pecadores começa como um filme de gângster, ambientado na época da Lei Seca nos Estados Unidos, mas aos poucos vai enveredando para outro gênero cinematográfico – que não vamos revelar aqui para evitar de estragar a experiência de quem ainda não assistiu. Mas, fique avisado caro leitor, a partir de agora nesta notícia haverá spoilers a respeito do desfecho da trama, até porque Coogler deu uma entrevista dizendo que uma das duas cenas pós-créditos é a chave para compreender o filme inteirinho.

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PECADORES :: UMA CENA QUE RESUME TUDO

A história de Pecadores não termina necessariamente quando Sammie, interpretado por Miles Caton, entra todo ensanguentado na igreja de seu pai depois de ter participado à noite da luta contra a horda de vampiros que atacou o clube de blues. Para Ryan Coogler, a primeira cena pós-créditos é a chave para o filme todo. Nela, vemos Sammie no futuro (interpretado pelo famoso músico de blues George “Buddy” Guy) reencontrando dois vampiros sobreviventes que anunciam ter acompanhado a sua carreira ao longe.

“Ao filmar essa cena, parecia que Michael B. Jordan estava indo direto para o pescoço do Buddy num momento. Meio que entrei em pânico na hora porque eu era um fã e, sabe, Buddy tem 90 anos. E então Jordan o abraçou, olhou para mim e disse: ‘Bem, que tal isso?’ E, cara, comecei a chorar porque percebi que o filme inteiro era sobre aquele momento. Era sobre eu não ter tido a chance de me despedir do meu amado tio”. Coogler estava filmando Creed: Nascido para Lutar (2015) quando recebeu a notícia da morte do seu tio James.

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Jornalista, professor e crítico de cinema membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema,). Ministrou cursos na Escola de Cinema Darcy Ribeiro/RJ, na Academia Internacional de Cinema/RJ e em diversas unidades Sesc/RJ. Participou como autor dos livros "100 Melhores Filmes Brasileiros" (2016), "Documentários Brasileiros – 100 filmes Essenciais" (2017), "Animação Brasileira – 100 Filmes Essenciais" (2018) e “Cinema Fantástico Brasileiro: 100 Filmes Essenciais” (2024). Editor do Papo de Cinema.

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