Durante a campanha de divulgação de seu mais novo filme, o ainda inédito Dor e Glória (2019), o cineasta espanhol Pedro Almodóvar foi questionado sobre a polêmica envolvendo as plataformas de streaming e o movimento que alguns segmentos da indústria cinematográfica estão protagonizando no sentido de coibir o avanço ostensivo das chamadas “produções originais”, inclusive no que tange às premiações. “Não sou hostil em relação à Netflix ou a qualquer outra plataforma de streaming. Mas, para poder ser premiado, um filme deve ser visto e exibido numa tela de cinema. Caso contrário, seria quase uma contradição, porque filmes são concebidos para serem mostrados numa telona a pessoas que não se conhecem, no completo escuro. Essa é a mágica de tudo.”, disse Almodóvar.
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“O que estou tentando defender é o prazer, o êxtase, a euforia que você sente quando vê ‘Roma‘ numa tela grande. Tudo isso nos é roubado quando acabamos vendo o filme na tela da TV. Não me vejo fazendo um original da Netflix, única e exclusivamente para a Netflix, porque sentiria falta do cinema como o local para o meu filme ser exibido. Mas posso me ver futuramente fazendo uma série – não uma monotemática, mas talvez uma composta de diferentes contos, quase como curtas-metragens. Seria uma maneira de sair dessa camisa de força de um filme que precisa durar uma hora e meia, ou um episódio que precisa ter meia hora apenas.”, completou o cineasta.
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