Antes que a pandemia do Covid-19 nos colocasse em isolamento, o streaming já desempenhava função primordial à disseminação de conteúdo audiovisual. Com o distanciamento social, então, isso ficou ainda mais ostensivo. Uma pesquisa realizada pela divisão de mídia da Nielsen Brasil em parceria com a Toluna constatou que 42,8% dos entrevistados consomem conteúdo de streaming diariamente, enquanto 43,9% tem esse hábito com a frequência de, ao menos, uma vez por semana. Apenas 2,5% afirmou que nunca assiste a nada por meio desse tipo de tecnologia. Realizado no dia 30 de junho, o estudo levou em consideração as quatro semanas daquele mês. Outro dado revelador é a faixa etária dos consumidores: 77,2% da amostragem entre 24 a 35 anos usa esses serviços e, entre 16 a 23 anos, o percentual é de 76,8%. Numa faixa etária maior do que 56 anos, 65,7% preferem a TV a cabo convencional.
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Entre as empresas que oferecem conteúdo de streaming no Brasil, a pesquisa apontou ao amplo domínio dos gigantes conhecidos. Os dois primeiros lugares ficaram com a versão gratuita do YouTube (89,4%) e a Netflix (86,6%), seguidos não tão de perto assim por Amazon Prime (40,2%), Globoplay (25,5%), Instagram (18,8%), Telecine Play (18,6%), HBO Go (14,3%) e Google Play (12,3%). Os demais serviços, como Apple TV, Globosat Play, Net Now e Youtube Premium não somaram 10%. Quanto à forma de acesso, os smartphones ganharam a dianteira, com 86,2% da preferência dos entrevistados, bem à frente de laptop-notebook (62%). A pesquisa ouviu 1260 pessoas das classes A. B e C, segundo critério de classificação utilizado pela Abep, a Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa, com gente acima dos 16 anos, três pontos percentuais de margem de erro e 95% de margem de confiança.