O norte-americano Tangerina, o nicaraguense O Homem Novo e o brasileiro Beira-Mar foram os grandes vencedores do Prêmio Felix, que reconhece os melhores títulos com temática LGBTQ dentre toda a programação do Festival do Rio. Neste ano, o júri foi formado pelo cineasta Daniel Ribeiro (diretor de Hoje Eu Quero Voltar Sozinho, 2014) e pelos jornalistas Kathleen Gomes e Gilberto Scofield. Ao todos, 25 longas concorriam ao prêmio. Neste ano foi entregue também a primeira edição do Troféu Suzy Capó – Personalidade Felix do Ano, que homenageia uma figura de renome no cenário LGBTQ brasileiro. O troféu foi concebido como um tributo à memória da programadora do Festival do Rio e idealizadora do Prêmio Felix, falecida no início deste ano. A escolhida para receber esta homenagem foi a atriz Rogéria. Com mais de 50 anos de carreira, foi uma das primeiras transformistas a cair no gosto popular brasileiro. Recentemente, participou do documentário De Gravata e Unha Vermelha (2014) e da ficção Mulheres no Poder (2015). Confira a seguir os premiados:
Melhor Longa de Ficção: Tangerina, de Sean Baker
“Por colocar o transgênero, figura habitualmente marginal, como protagonista de uma trama que mistura humor e crueza. Filmado com celular, é um fiel retrato da diversidade de relações de uma cidade grande, numa narrativa existencial e muito contemporânea”.
Melhor Longa Documentário: O Homem Novo, de Aldo Garay
“A fascinante história do ex-guerrilheiro sandinista que busca fazer as pazes com seu passado e, nesta jornada, agora como uma mulher trans, revela a complexidade humana e de toda a América Latina”.
Prêmio Especial do Júri: Beira-Mar, de Filipe Matzembacher e Marcio Reolon
“O filme traduz, com delicadeza, a melancolia e a solidão que são as descobertas da adolescência e o nem sempre simples processo de amadurecimento”.
Os vencedores do Prêmio Felix serão reapresentados na quarta-feira, dia 14 de outubro, no Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro.
(Fonte: Festival do Rio)