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Produção de Bia 2.0 é acusada de plágio. Diretor se defende

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O longa-metragem Bia 2.0, cujas filmagens começaram em janeiro, na cidade de São Paulo, está sendo acusado de plágio pela escritora Isabela Freitas. A autora alega que uma frase do pôster do longa-metragem seria “praticamente igual” a uma famosa de seus livros. Diretor, roteirista e produtor executivo, Cristiano Calegari usou sua conta no Facebook para se pronunciar oficialmente sobre o caso:

“Bom, vamos lá

Sou roteirista, diretor e produtor executivo do filme “Bia (2.0)”, e nessa tarde fiquei sabendo que fomos acusados de plágio por uma escritora chamada Isabela Freitas. Não conhecia a autora, então fui pesquisar e vi que se trata de uma pessoa pública com mais de 1 milhão de fãs.  Eu nunca li nada dela – não sou o público-alvo. No que consiste a acusação: a frase do nosso Pôster é praticamente igual a uma frase de um livro dela.

Foi uma infeliz coincidência. Pode ser surpreendente, mas pessoas tem ideias parecidas o tempo todo – até por isso que não registramos ideias, só argumentos e roteiros. O roteiro do nosso filme, no caso, está registrado na Biblioteca Nacional – por mim e pela Silvia Seles, desde o ano passado. Muita gente já está nos acusando, sem nos ouvir, então vou me pronunciar por aqui, que é minha única rede social: Esse filme é inspirado em pessoas reais que passaram pela minha vida, inclusive a Bia. Em 2015 fiz parte de uma trupe de palhaços que fazem trabalho voluntário, onde a conheci.

Na nossa história, a Bia passa por uma desilusão amorosa, vai trabalhar na floricultura da mãe dela, entra numa trupe de palhaços, conhece e se apaixona por um estudante de cinema aspirante a documentarista, e adquire auto-confiança para seguir seu sonho de ser cantora. (Resumindo bastante mas espero que seja o suficiente para mostrar que definitivamente não é a mesma história).

Agora, me digam: passados milhares de anos em que as pessoas contam histórias, desde a Grécia Antiga, existe alguma narrativa 100% original? Estamos tratando de Relações Humanas – e essas se repetem constantemente. Ou qualquer filme que trate de uma traição ou uma superação vai ser considerado plágio do anterior? Tenho minha consciência absolutamente tranquila, e me coloco à disposição da autora e de seus advogados. Posso enviar o roteiro a ela se quiser. Meu sócio tentou contato com a autora, mas ela não quis conversa. A mesma afirma que o roteiro do filme é plágio da obra dela, quando o material que ela viu foi UMA FRASE.

Temos diversos tratamentos do roteiro, e pessoas reais que viveram a história que estamos contando também podem provar o absurdo de tal acusação. Garanto com muita tranquilidade que nossa obra é original.”

Bastidores das filmagens de Bia (2.0)

Bia 2.0 conta a história de Beatriz (Maju Souza), que acaba de sofrer sua primeira desilusão amorosa e encontra em uma trupe de palhaços amadores um caminho para superar seus medos e retomar sua própria história. O par dela será vivido por Ghilherme Lobo, que interpreta o palhaço mudo Abraço. Ele ganhou o Prêmio Guarani de Cinema Brasileiro como Revelação do Ano por seu trabalho no aclamado Hoje Eu Quero Voltar Sozinho (2014), além do troféu APCA – Associação Paulista de Críticos de Arte – e o Festival SESC Melhores do Ano, ambos como Melhor Ator.

 

(Fonte: Redação PdC)

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