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Nesta semana, o Festival Recine 2021 chega à sua reta final. Até o dia 13 de outubro, seguem as exibições tanto presencialmente, no Estação NET Rio, em Botafogo, quando virtualmente, pelo canal oficial no Vimeo. As obras clássicas de diretores como Neville d’Almeida e Luiz Rosemberg Filho seguem em paralelo às sessões de curtas, longas e séries recentes, tendo como tema central o resgate da memória do cinema brasileiro.
O último dia, na quarta-feira, será especial graças a duas exibições. Máquina do Desejo: Os 60 Anos do Teatro Oficina (2021), de Lucas Weglinski e Joaquim Castro, ganha sua primeira exibição em salas de cinema às 21h do dia 13 de outubro, apresentando a trajetória de resistência do cinema comandado pelo libertário José Celso Martinez Corrêa. O curador Cavi Borges explica:
“É um filme de arquivo que fala dos 60 anos do Teatro Oficina, um símbolo de resistência e da cultura brasileira. De certa forma, ele representa a proposta do Recine em termos de memória, resgate e representação do que os artistas atravessam hoje. No final, o amor e o desejo superam todas as dificuldades financeiras. Ele ressalta a importância do Teatro Oficina, que talvez seja a companhia de teatro mais importante do Brasil, e já foi premiado em festivais como o É Tudo Verdade. Esse filme vai fechar o festival com chave de ouro”.

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Camerata Jovem

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Além deste filme, o Recine apresenta a pré-estreia mundial de Camerata Jovem, celebrando a música de orquestra tocada por jovens das comunidades do Rio de Janeiro. A experiência das telas se combina com uma performance única em Botafogo. Nas palavras de Cavi Borges:
“Quando terminar a sessão, eles vão tocar ao vivo no saguão do Estação NET Rio. As pessoas vão ver na tela, e depois presencialmente, nesta intervenção artística do cinema. De certo modo, é isso que o cinema fez: quando o Recine entrou com a exposição Neville, a loja Cavídeo e com as pré-estreias, as duas últimas semanas fizeram com que a sala de cinema voltasse a brilhar”.

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Crítico de cinema desde 2004, membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema). Mestre em teoria de cinema pela Universidade Sorbonne Nouvelle - Paris III. Passagem por veículos como AdoroCinema, Le Monde Diplomatique Brasil e Rua - Revista Universitária do Audiovisual. Professor de cursos sobre o audiovisual e autor de artigos sobre o cinema. Editor do Papo de Cinema.
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