Nesta quarta-feira, 04, o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, empossou a atriz Regina Duarte como secretária nacional da Cultura (cargo que não tem status de Ministério, é bom que se diga). A solenidade aconteceu mais de um mês após o anúncio da artista como sucessora de Roberto Alvim – aquele, mesmo, que utilizou diversos expedientes nazistas para delinear suas propostas oficiais para o setor. Aliás, a própria Regina chegou a fazer críticas abertas à nomeação anterior de Alvim: “Quem me conhece sabe que, se eu pudesse opinar, teria sugerido outro perfil. Alguém com mais experiência em gestão pública e mais agregadora da classe artística”, escreveu a agora secretária em sua conta pessoa do Instagram em novembro de 2019. Ela terá agora a difícil missão de levar adiante políticas públicas numa área que vem sendo claramente vítima de sucateamento e desarticulação por parte do governo federal.
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Regina Duarte assume abaixo de protestos de grupos bolsonaristas. A hashtag #ForaRegina ficou recentemente nos primeiros lugares do Twitter. Partidários do presidente ficaram insatisfeitos com a demissão de oito funcionários da pasta que tinham alguma relação com o escritor Olavo de Carvalho. Na internet, esses insatisfeitos chegam a afirmar que a outrora Namoradinha do Brasil é uma “comunista infiltrada”. Na sessão solene de sua posse, ela preferiu exaltar o desafio: “O convite que me trouxe até aqui falava em porteira fechada, carta branca. Por isso me estimulei e trouxe para trabalhar com uma equipe experiente, estimulada, pronta para por a mão na massa”. Todavia, o próprio Bolsonaro tratou de relativizar essa “carta branca. “Obviamente em algumas vezes exerci meu poder de veto. Não é perseguir ninguém, é colocar o ministério, a secretaria, no rumo estabelecido pelo chefe do Executivo”.
E aí, você acha que Regina Duarte vai dar pé na secretaria nacional da Cultura?
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