O governo Jair Bolsonaro acaba de perder mais um nome do alto escalão: após as saídas dos ministros Sérgio Moro, Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich, nesta quarta-feira a Secretária da Cultura, Regina Duarte, deixa o cargo. Uma mensagem do presidente no Twitter deixa vagos os motivos, alegando que a atriz “sente falta da família”. A Folha de São Paulo, no entanto, precisa que ela foi demitida.
Regina Duarte vinha sendo alvos de críticas pela incapacidade de propor medidas emergenciais à classe artística durante a pandemia. A situação se agravou após a entrevista concedida à CNN, quando minimizou a ditadura e a prática da tortura, além de recusar homenagens a artistas falecidos como Aldir Blanc e Moraes Moreira.
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Ela aceitou um “cargo de consolação” à frente da Cinemateca Brasileira, uma instituição essencial para a memória e manutenção do cinema brasileiro. Atravessando um grave momento de crise financeira, a instituição certamente mereceria um gestor mais experiente e comprometido do que a atriz filiada às ideias de extrema-direita.
Quanto à Secretaria da Cultura, especula-se que o ator de Malhação, Mário Frias, assuma o cargo deixado por Regina Duarte, após ter sido convidado a um almoço com Jair Bolsonaro. Ontem, o presidente publicou em suas redes sociais uma entrevista da CNN com o ator.