Foram necessárias três semanas para que, enfim, a exoneração de Regina Duarte do cargo de Secretária Especial da Cultura fosse publicada no Diário Oficial. Neste período o órgão ficou praticamente acéfalo, já que a antiga postulante havia divulgado sua saída e seu substituto sequer fora anunciado. Mais um retrato de como a cultura nacional é conduzida pelo governo Bolsonaro.
Em apenas dois meses e meio no cargo, Regina ficou marcada pela ausência de políticas públicas e por declarações no mínimo desastrosas, como quando disse que as minorias não teriam vez no governo ou na trágica entrevista concedida à CNN Brasil, na qual relevou as mortes decorrentes da pandemia de COVID-19. Inicialmente, seu destino seria assumir a Cinemateca Brasileira, em crise financeira há meses, mas a nomeação não foi formalizada. Ou seja, ao menos por enquanto, ela está fora da máquina do governo.
Em postagem feita no Instagram com o decreto presidencial de sua exoneração, Regina revelou alívio por enfim deixar o cargo: “Deu-se! Ufa”, postou.
Por mais que ainda não haja substituto confirmado, o franco favorito ao posto é o ator Mario Frias, que há semanas tem se oferecido publicamente para a vaga, antes até do anúncio da saída de Regina Duarte.
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