Nesta segunda-feira, 02, o deputado estadual Carlos Gianazzi (Psol-SP) entrou com uma representação pedindo a incriminação do secretário Especial da Cultura do governo federal, Mario Frias, pelo incêndio que aconteceu recentemente num dos galpões da Cinemateca Brasileira. As informações do blog Farofafa, da revista Carta Capital, dão conta de que a acusação principal é a de prevaricação, ou seja, a negligência de um servidor público quanto as suas responsabilidades, ato que neste caso causou dano para o bem comum. A representação foi apresentada ao Procurador-chefe da Procuradoria Geral da República em São Paulo, Marcio Schusterschitz da Silva Araújo. A base da ação é o fato de que em 2020 o Ministério Público Federal instaurou um procedimento administrativo para cobrar do órgão chefiado por Mario Frias a viabilidade da gestão da Cinemateca Brasileira, como o repasse dos quase R$ 13 milhões previstos no orçamento de 2020, e que não foram repassados.
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O poder público já tinha considerado na ocasião que a Cinemateca Brasileira se encontrava em estado de abandono pelo seu gestor, ou seja, o governo federal chefiado por Jair Bolsonaro. Como não houve qualquer ação no sentido de garantir a preservação do acervo de valor inestimável contido na Cinemateca, a ação sustenta que Mario Frias, por conta da posição ocupada, precisa ser indiciado criminalmente, inclusive porque o próprio Ministério Público Federal e diversos setores do audiovisual alertaram reiteradamente o risco de um evento como o incêndio recente. A ação ainda pede o arrolamento do secretário-adjunto de Frias, Hélio Ferraz de Oliveira. Vale lembrar que quando questionado sobre o incêndio, o secretário se valeu de uma tática recorrente na administração Bolsonaro: a teoria da conspiração. “Já solicitei a perícia da Polícia Federal, que irá tomar as devidas providências para verificar se o incêndio na Cinemateca foi criminoso ou não. Tenho compromisso com o acervo ali guardado, por isso mesmo quero entender o que aconteceu”.
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