RoboCop: O Policial do Futuro (1987) é uma das ficções científicas mais interessantes dos anos 1980. Dirigida pelo grande Paul Verhoeven, ela mostra (com muita violência, diga-se de passagem) um policial supostamente morto em combate que é transformado num ciborgue sofisticado pela empresa que dirige a segurança pública de Detroit. Porém, apesar de ter sua memória apagada, lembranças o assombram e o levam a buscar vingança. Agora vem aí a série derivada com a assinatura do Prime Vídeo da Amazon.
RoboCop, a série, está oficialmente caminhando. Tanto que a gigante do streaming anunciou Peter Ocko como roteirista principal e showrunner, além de James Wan como produtor executivo. O envolvimento de um nome de prestígio em Hollywood como o de Wan dá uma ponta de esperança de que a novidade seja bacana. Por enquanto não há data prevista para o começo dos trabalhos.
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ROBOCOP SEM ROBOCOP?
RoboCop, a série, não terá o RoboCop como protagonista? Em princípio não. De acordo com as informações previamente divulgadas, o programa derivado seguirá a premissa do filme original, mas será focada no conglomerado de tecnologia que colabora com a polícia de Detroit para introduzir na força de combate ao crime os taius agentes sintéticos, entre eles um policial meio homem, meio máquina. É de se esperar, portanto, que se a série for bem-sucedida e tiver mais temporadas, em algum momento tenhamos em cena o RoboCop? Quem sabe.
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ROBOCOP COM TOQUE BRASILEIRO
Aproveitando que estamos falando de RoboCop, vale destacar a existência de RoboCop (2014), remake (absolutamente desnecessário) dirigido pelo brasileiro José Padilha que contou com Joel Kinnaman, Gary Oldman, Michael Keaton, Abbie Cornish, Jackie Earle Haley, Michael K. Williams, Jennifer Ehle, Jay Baruchel e Samuel L. Jackson em seu elenco. É uma pena que essa produção não tenha chegado nem próximo de RoboCop: O Policial do Futuro nos quesitos acidez, impacto emocional e relevância.
“Durante o filme, todas as cenas familiares, como a própria volta de Murphy-robô para casa, tornam-se rasas, postiças, prejudicadas por um vazio imenso que nunca será preenchido, pois não há lastro dramático suficiente entre os personagens para isso. E, sendo a problemática familiar o principal dispositivo pelo qual Murphy parte para sua trajetória de vingança, entrando em conflito direto com a corporação que o criou, é natural que esta motivação do personagem torne-se também um percurso autômato, do qual somos testemunhas sem sermos participantes (…)
(… ) Dessa forma, a produtiva contraposição entre humano e inumano, sugerida por Robocop em 1987 a partir de altas doses referenciais ao clássico literário Frankenstein (1931), fica igualmente enfraquecida. Resta ao público tentar enxergar algum debate crítico sobre biotecnologia, transformação corporal, identidade, livre-arbítrio, condicionamento e privatização do serviço público entre os ruidosos tiroteios das cenas de ação – estas sim, brilhantemente assinadas por Padilha, ecoando não apenas Tropa de Elite (2007), mas também games de tiro em primeira pessoa”. Confira a nossa crítica completa clicando aqui.
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