20220127 ron perlman papo de cinema 800

Não Olhe para Cima (2021) se tornou um grande fenômeno, não apenas de audiência para a Netflix, mas também de debates nas redes sociais. Parte dos espectadores interpreta a comédia de Adam McKay sobre um cometa prestes a atingir a Terra como uma sátira genial de nossos tempos anticientíficos, enquanto outra parte enxerga uma crítica óbvia com personagens estereotipados. Questionado sobre as reações negativas, Ron Perlman responde de maneira categórica:
“Vai se f*der, você e sua autoimportância, e esta necessidade crescente de falar mal de algo apenas para conseguir um pouco de atenção para algo que você não tem ideia de como foi criado. Isso é corrupto, é doentio, é perverso”. Para o ator, este comportamento representa “parte de como a Internet quase matou o jornalismo. Agora o jornalismo está fazendo tudo o que pode para chamar a atenção e manter sua importância”.
LEIA MAIS
Não Olhe para Cima quebra recorde de visualizações na Netflix
Não Olhe para Cima :: Internautas comparam personagens a figuras do governo Bolsonaro e do Brasil atual
Não Olhe para Cima :: Jennifer Lawrence tem salário menor do que Leonardo DiCaprio

20220127 ron perlman nao olhe para cima papo de cinema 1200
Ron Perlman em Não Olhe para Cima

No filme, Ron Perlman interpreta um militar condecorado, escolhido pela presidenta conservadora (Meryl Streep) para interceptar o meteoro e impedir a colisão com a Terra. Ele compõe a ala do espetáculo da mídia e do descaso da ciência, junto da presidenta, de seu filho mimado (Jonah Hill) e dos apresentadores de um programa de televisão sensacionalista (Cate Blanchett e Tyler Perry). Enquanto isso, dois astrônomos (Leonardo DiCaprio e Jennifer Lawrence) imploram para que as pessoas levem o perigo a sério.
Em tempos de pandemia, não é difícil estabelecer um paralelo entre a fantasia e a realidade. Segundo a crítica do Papo de Cinema, “a amplitude do discurso poder se traduzir na força ou na fraqueza da obra, caso se considere o valor de abarcar tantas questões, ou o demérito de não se aprofundar em nenhuma delas”. Leia o texto na íntegra.

As duas abas seguintes alteram o conteúdo abaixo.
avatar
Crítico de cinema desde 2004, membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema). Mestre em teoria de cinema pela Universidade Sorbonne Nouvelle - Paris III. Passagem por veículos como AdoroCinema, Le Monde Diplomatique Brasil e Rua - Revista Universitária do Audiovisual. Professor de cursos sobre o audiovisual e autor de artigos sobre o cinema. Editor do Papo de Cinema.
avatar

Últimos artigos deBruno Carmelo (Ver Tudo)

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *