Rosemberg Cariry retorna à ficção com première no 46ª Festival de Brasília

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Após seis anos produzindo apenas documentários, o diretor cearense Rosemberg Cariry estreia no 46ª Festival de Brasília do Cinema Brasileiro a ficção Os Pobres Diabos. O longa-metragem é estrelado por Silvia Buarque, Chico Díaz, Everaldo Pontes, Gero Camilo e Zezita Matos, e traz memórias de Cariry nos tempos em que ele vivia no sertão do Ceará.

Os Pobres Diabos papo de cinema 1

Os Pobres Diabos relembra a comum presença de circos itinerantes que, embora muito pobres, eram cheios de magia e de atrações exóticas como as rumbeiras mexicanas e os personagens inspirados nos grandes filmes de aventuras. “Entre as atrações eu gostava muito dos artistas sertanejos que vestiam roupas extravagantes e tentavam parecer internacionais, falando em outros idiomas, de forma bastante estropiadas, para dar ar de importância. Tudo parecia um sonho, naquele mundo de ilusões, de faz de conta. As peças teatrais, retiradas das canções melodramáticas ou dos grandes sucessos da literatura de cordel, eram fantásticas, surreais – dramáticas e cômicas ao mesmo tempo”, conta o diretor.

Os Pobres Diabos mostra a difícil jornada dos artistas e trabalhadores de um pequeno circo lutando pela sobrevivência, permeada de aventuras e desventuras dos anti-heróis picarescos inspirados nas artes populares. Além dos atores convidados, os próprios artistas de circos mambembes do Ceará ganharam papéis importantes. Rosemberg Cariry participou em outras edições do Festival de Brasília, com filmes como A Saga do Guerreiro Alumioso (1993), Corisco e Dadá (1996), Lua Cambará – Nas Escadarias do Palácio (2002) e Siri-Ará (2008).

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