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Para todos os espectadores de Round 6 (2021), a sequência da série sul-coreana parece uma evidência. Primeiro, porque o projeto se tornou um fenômeno, superando com facilidade Bridgerton (2020 -) para se tornar a estreia de maior audiência na história da Netflix, com 111 milhões de visualizações no primeiro mês – considerando o número de acessos durante mais de dois minutos, segundo os parâmetros da empresa.
Segundo, porque a história se encerra com diversas pontas soltas, perfeitas para a resolução numa segunda temporada. Mesmo assim, o roteirista, criador e diretor Hwang Dong-hyuk afirmou que ainda está indeciso a respeito dos próximos passos da saga: “A pressão em mim é imensa agora, com um público enorme esperando pela segunda temporada. Por causa de toda a pressão, ainda não decidi se deveria fazer mais uma temporada. Mas olhe pelo lado positivo: como tantas pessoas gostaram da primeira temporada e têm altas expectativas para a temporada 2, as pessoas do mundo inteiro oferecem ideias sobre como a série poderia continuar. Eu poderia aproveitar ideias dos fãs do mundo inteiro para criar uma próxima temporada”.
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Round 6

Atenção: spoilers a seguir!
A respeito dos mistérios restantes da temporada inicial, o criador explica: “É verdade que terminou de maneira aberta, mas acredito que isso possa ser bom para a história também. A primeira temporada termina com Gi-hun dando meia-volta e não entrando no avião para os Estados Unidos. Essa era, de fato, a minha maneira de comunicar a mensagem que você não deve se deixar levar pela ânsia competitiva da sociedade. É importante começar a pensar em quem criou o sistema todo, e se existe potencial para voltar atrás e encará-lo. Isso não significa que Gi-hun volta atrás em busca de vingança”. Mesmo assim, caso a segunda temporada ocorra, Hwang explica um ângulo possível que gostaria de explorar: “Por exemplo, a história do policial e de seu irmão, o Líder. Se eu desenvolver a sequência, gostaria de explorar esta subtrama”.
Talvez as afirmações do diretor constituam mera estratégia para aumentar o interesse na série e valorizar o seu passe na negociação de uma sequência com a Netflix. É improvável que a empresa deixe de produzir a sequência de uma série tão lucrativa e popular no mundo inteiro.

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Crítico de cinema desde 2004, membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema). Mestre em teoria de cinema pela Universidade Sorbonne Nouvelle - Paris III. Passagem por veículos como AdoroCinema, Le Monde Diplomatique Brasil e Rua - Revista Universitária do Audiovisual. Professor de cursos sobre o audiovisual e autor de artigos sobre o cinema. Editor do Papo de Cinema.
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